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Polícia

“PM bandido e boa-vida”: revista destaca caso de policial chefe de quadrilha em MS

Militar tinha ligação com o narcotráfico
Arquivo -

O caso do subtenente da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, apontado como chefe de uma quadrilha de narcotraficantes, foi destaque em uma reportagem da Revista Veja. Com a chamada ‘PM bandido e boa-vida’ a revista de circulação nacional narra o caso do militar preso pela Polícia Federal no dia 25 de junho durante a ‘Operação Laços de Família’.

Na publicação, a Veja descreve a maneira como a carga de drogas vendida pelo policial saia do Paraguai, era levada a galpões próximos a fazenda dele, em Mundo Novo e de lá era transportada para diversas regiões do Brasil, onde ficavam sob cautela do PCC.

“Quando as reservas estavam perto de lotar o espaço ele mandava carregar os caminhões. Com a droga camuflada em sacos de ração ou trigo, os veículos partiam para os estados de , Rio de janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Ceará”, diz o texto.

A vida de luxo que o PM levava no interior do Estado também é um dos pontos abordados. De acordo com a reportagem, a fazenda do policial teria aproximadamente 10 mil metros quadrados de área construída, cuja garagem abrigava carros de luxo como BMWs e Dodge Rams. “Tinha patrimônio estimado em R$ 10 milhões, uma lancha e jet ski e organizava grandes festas na cidade”, informa.

Conforme a matéria da veja, todo esquema de corrupção acontecia “sob a necessária vista grossa da sua corporação e das autoridades locais”.

Laços de família

A operação ‘Laços de Família’, deflagrada pela Polícia Federal em Mato Grosso do Sul e mais quatro estados no dia 25 de junho prendeu o policial militar apontado como chefe da quadrilha de narcotraficantes, que atuava na região do cone-sul do Estado. O seria dono de uma Ferrari que custa mais de R$ 500 mil. Ele trabalhava como policial há mais de 20 anos e tinha duas condecorações.

Quinze integrantes da quadrilha foram presos no Estado. A base da organização ficava em Mundo Novo, onde foram presas 13 pessoas. As outras duas prisões aconteceram em Naviraí e em .

Entre os presos está uma mulher, que estava com tornozeleira eletrônica, que ajudava no financiamento e lavagem de dinheiro sujo do tráfico. Segundo a PF, a organização atuava de forma semelhante à máfia: os chefes da organização eram da mesma família. Para impor medo e respeito aos adversários, o grupo praticava torturas em crimes violentos.

A quadrilha, que tinha estreita ligação com a facção PCC (Primeiro Comando da Capital), era tão organizada que usava ao menos 10 empresas de fachada para lavar o dinheiro do narcotráfico..

Segundo o superintendente da PF no estado, Luciano Flores, essas empresas foram fechadas nos cinco estados alvos da operação. Eram empresas de transporte, garagem de carros e até uma assessoria de aviação.

A rotatividade de veículos entre integrantes da quadrilha era grande. Segundo o delegado, a PF pediu o sequestro de 136 veículos usados pelo bando.

Sete presos durante a operação no Estado serão levados para o Presídio Federal, um para o Presídio Militar e os outros alvos já cumpriam pena em estabelecimentos penais em Mato Grosso do Sul.

Vida de luxo

A família de Mundo Novo, que teria o PM como chefe da quadrilha no Estado, ostentava uma vida de luxo incompatível com os salários. O militar tinha uma Ferrari avaliada em R$ 500 mil, além de outros carros de luxo, e fazia viagens para o exterior com toda a família.

Apartamentos, casas, sítios e fazendas também faziam parte do patrimônio da família do narcotráfico. Na cidade todos tinham medo da quadrilha e um dos integrantes responde processo por homicídio.

Apreensões e prejuízo

A PF estima que, antes da operação, já tinha provocado um prejuízo de R$ 61 milhões à família com apreensões de drogas, joias, dinheiro e bens móveis e imóveis. Foram apreendidos R$ 310 mil para pagamentos de drogas, R$ 80 mil em joias, cinco embarcações, sendo quatro iates.

Desde 2016, quando as investigações começaram, foram apreendidas 27 toneladas de maconha, duas pistolas e duas camionetes.

A PF ainda não contabilizou as apreensões feitas durante a deflagração da operação.

A operação

Cerca de 210 policiais federais cumpriram 20 mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 35 de busca e apreensão, 136 de sequestro de veículos terrestres, 7 mandados de sequestros de aeronaves, 5 de embarcações de luxo e 25 de imóveis. Os estados em que são cumpridos os mandados São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e Rio Grande do Norte.

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