O ex-sargento da Polícia Militar e ex-agente de segurança velada do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Ricardo Campos Figueiredo, 42 anos, passou por mais um julgamento nesta terça-feira (18) pelo crime de obstrução de justiça.
Ricardo foi condenado a três anos e seis meses, por ter atrapalhado as investigações, ao quebrar dois celulares para tentar eliminar provas.
A defesa tentou reverter a situação, alegando que quem quebrou os celulares teria sido a esposa da vítima, após uma briga de casal, na data anterior ao cumprimento do mandado de busca e apreensão. A Justiça não acatou o argumento e condenou o ex-sargento.
Pelo crime de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em julgamento nesta segunda-feira (17), Ricardo foi condenado a 18 anos, 10 meses e 11 dias de prisão. Somando as penas, o ex-sargento ficará 22 anos, quatro meses e 11 dias preso.
Além da condenação em regime fechado, o juiz Alexandre Antunes da Silva, decidiu pela exclusão de Ricardo Campos, da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Consta no julgamento que: “Tendo em vista que as penas fixadas são superiores a dois anos, aplica-se ao sentenciado a pena acessória consistente na sua exclusão da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul”.
Operação Oiketicus
A Operação Oiketicus, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em maio deste ano, apurou delitos praticados por policiais militares do Estado que atuavam na chamada “Máfia dos Cigarreiros”. Ricardo foi apontado como líder do grupo que dava suporte a contrabandistas de cigarros. Nas duas fases da Oiketicus, 29 policiais, entre praças e oficiais, foram presos.