Durante depoimento em audiência na tarde desta segunda-feira (24), o agente penitenciário federal Joseilton Cardoso, de 33 anos, acusado por matar o pedreiro Adílson Ferreira dos Santos, de 23 anos, continuou alegando legítima defesa.

O réu disse que, após uma briga no banheiro de um show, que ocorreu no estacionamento do shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande, foi espancado pela pela vítima e, por isso, atirou.

“Ele estava muito violento, nunca apanhei tanto na minha vida. Quando saquei a arma, não tinha intenção de atirar, queria que ele visse a arma e parasse de me bater, mas ele não parou. Não houve nenhuma lesão nele a não ser o tiro que eu dei. Por isso não foi uma briga, foi uma surra.” disse.

A mãe da vítima acompanhou o depoimento e se emocionou no momento em que Joseilton descreveu o momento em seu filho foi atingido.

Apenas o réu foi ouvido durante esta audiência. Na anterior, que ocorreu dia 16 de abril, quatro testemunhas confirmaram a versão de legítima defesa dada por Joseilton, incluindo o delegado que atendeu o caso na época, Paulo Sá.

Ao final da audiência, o juiz solicitou uma simulação em 3D (terceira dimensão) da trajetória da bala que causou a morte do pedreiro, para saber a posição em que a vítima e o acusado estavam no momento do disparo.

O Imol (Instituto Médico Legal) tem 10 dias para fornecer o laudo. Depois o juiz dará um prazo para que a defesa e o MP (Ministério Público) de manifestem.

Relembre o caso

O crime aconteceu após um show no estacionamento do Shopping Bosque do Ipês, no dia 24 de setembro de 2017, quando o agente se envolveu em uma briga por causa da fila do banheiro.

Em depoimento, o agente disse que estava na fila do banheiro após o fim do show quando houve um desentendimento com Adilson. Os dois teriam entrado em luta momento em que o agente efetuou um disparo que atingiu o tórax da vítima. Foi feita tentativa de reanimação, mas Adilson acabou morrendo no local. O agente teria ido ao show para comemorar seu aniversário.