Número de homicídios cai, mas furtos a residências aumentam 12% em MS
Em 2017, foram registrados 51.507 roubos e furtos
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Em 2017, foram registrados 51.507 roubos e furtos
Mato Grosso do Sul registrou 829 homicídios no ano passado, cerca de 10% a menos que no ano de 2016, quando 923 pessoas foram assassinadas. Na contramão da queda nesse tipo de crime, os casos de roubos e furtos a residências tiveram aumento de até 12%, acordo com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul).
O secretário de Segurança sul-mato-grossense, Antônio Carlos Videira, considera os números “bons”, apesar de “um único crime passe a sensação de insegurança muito grande” à população. Segundo ele, o Estado é líder em esclarecimento de homicídios no país, com um índice de 65%. “Muito acima do segundo colocado”, afirma.
Situação semelhante tem os feminicídios, que tiveram queda de 21% em relação a 2016. No ano passado, 27 mulheres foram mortas no Estado, enquanto no ano anterior foram 34. “Não dá para nos acomodarmos, pois, saber que tem uma ou outra mulher que perdeu a vida pelo fato de ser mulher, nunca vai nos deixar em paz”, disse a governadora em exercício, Rose Modesto (PSDB), que participou da divulgação dos dados na manhã desta terça-feira (9).
Roubos e furtos
Mesmo com a redução no número de homicídios, MS registrou aumento nos crimes relacionados ao patrimônio, especialmente nos casos de roubos e furtos a residências. Nos casos envolvendo roubos, a variação foi de 9%, com 565 ocorrências em 2017. De acordo com o titular da secretaria de Segurança, na maioria das vezes, os criminosos roubam casas, pois podem roubar veículos e outros objetos de valor, como joias.
O aumento no número de furtos, quando não há vítimas na residência, foi de 12% a mais do que em 2016, quando 12.709 casas foram alvos de bandidos. No ano passado, esse número saltou para 14.226 casos.
Antônio Carlos Videira argumenta que esse tipo de crime teve aumento devido ao combate e repressão ao crime organizado e o tráfico de drogas, representados pelo recorde de apreensões de entorpecentes no ano passado. “O crime migra. A criminalidade busca outra fonte para cobrir os gastos de operação. A maioria dos presos por roubo tem passagem por tráfico”, justificou.
Para tentar frear esse crescimento, o secretário diz que vai intensificar a fiscalização nos bairros com maior índice de criminalidade e ações de prevenção, com rondas nos horários em que as casas ficam mais vulneráveis.
Em relação aos roubos de veículos, o número de ocorrências subiu 1% no ano passado na comparação com 2016, com 895 casos, 12 a menos que no ano passado.
Já os furtos de veículos tiveram redução de 7% na comparação entre 2016 e 2017, com 3.897 registros contra 3.626.
Os assaltos a comércios diminuíram 16%. Foram 748 casos em 2017 contra 887 em 2016.
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