Nove meses depois de ser condenado a 17 anos de prisão por matar o segurança Jefferson Bruno Escobar, o Brunão, Christiano Luna de Almeida conseguiu liberdade no STF (Supremo Tribunal Federal). A decisão do ministro Marco Aurélio Mello prevê que Christiano aguarde em liberdade até que o mérito do recurso seja julgado.

O habeas corpus foi ajuizado no supremo em 22 de junho e distribuído automaticamente ao ministro Marco Aurélio por ele já ter sido relator de outros pedidos de liberdade do acusado no STF.

Na última terça-feira (7), a comunicação de que o pedido liminar para a soltura de Christiano teve aval do ministro foi publicada no sistema do STF. O julgamento do HC ocorreu no dia 2 de agosto.

Alvará de soltura foi expedido e o acusado de matar o segurança Brunão deixou o presídio anteontem. Na decisão, o ministro solicitou que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifeste sobre o caso.

Condenação

Em novembro do ano passado, o Tribunal do Júri de Campo Grande condenou Christiano a 17 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelos crimes de homicídio doloso, quando há intenção de matar, e injúria racial.

O homicídio foi agravado por ter sido praticado por motivo fútil e de maneira que dificultou a defesa da vítima. O réu é acusado de matar o segurança Jeferson Bruno Escobar, o Brunão, em frente a uma casa noturna da Capital. A condenação foi dada seis anos e oito meses depois do crime.

Para a decisão, os jurados levaram em conta além do crime, o histórico de Christiano. Antes do crime ele já havia se envolvido em três outros casos de agressão física, inclusive de natureza grave. Por causa de uma das agressões, ele chegou a ser expulso da universidade onde estudava.