Os três homens presos suspeitos de estuprar uma adolescente de 16 anos em uma boate fechada para o público, na cidade de , a 203 quilômetros de Campo Grande, negaram ter cometido o crime.

Segundo o delegado Pedro Henrique Pilar Cunha, os suspeitos alegaram, em depoimento, que mantiveram relações sexuais com a garota com o consentimento dela, e que no momento do ato ela estava consciente.

No dia em que o crime ocorreu, ela foi encontrada desacordada pelo primo, em um colchão dentro de um cômodo, que estava trancado, da casa noturna. Relatos do primo indicam ainda que os três suspeitos, entre eles dois proprietários da boate e um funcionário, ofereceram várias bebidas à moça.

A adolescente já prestou depoimento e disse ao delegado que não se lembrava de nada do que tinha acontecido, apenas que foram oferecidas bebidas alcoólicas a ela, mas os três não estavam bebendo. Foi constatada a embriaguez da garota no hospital.

Ainda segundo o delegado, os três suspeitos já foram encaminhados para o Presídio da cidade de Dois Irmãos do Buriti. Eles foram indiciados por de vulnerável, mesmo a vítima com idade de 16 anos, pelo fato dela não conseguir oferecer resistência e não ter no momento discernimento para a prática do ato.

O estupro de vulnerável, segundo o Código Penal, em seu artigo 217, diz que o crime é caracterizado quando há conjunção carnal ou ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos.

O caso aconteceu no dia 28 de julho, quando a menina e seu primo foram convidados pelos três responsáveis pela casa noturna a irem até o local para beber.

Quando chegaram na boate passaram a beber. Em um determinado momento, o primo da menina sentiu a sua falta. Ele foi à sua procura e, com a ajuda de um amigo mais velho, arrombou uma porta do local, que estava trancada.

No cômodo, ele flagrou a prima nua deitada em cima de um colchão desacordada e os três homens em volta dela. A vítima foi socorrida e levada para o hospital. No local do crime, a polícia encontrou preservativos descartados, o colchão onde o estupro foi cometido tinha diversas manchas de sangue.

A família da adolescente disse à polícia ter sido ameaçada pelo trio, que exigiu que a família retirasse a queixa. Os três foram presos na última sexta (17).