Fraude em licitações e desvio de materiais

Um médico cardiologista concursado do Hospital Universitário de , e que também atuava no Hospital Regional e na Cassems foi preso nesta quinta-feira (25) durante Operação Again deflagrada pela Polícia Federal.

Informações seriam de que o médico já estaria com uma tornozeleira eletrônica, sendo conduzido para a sede da Polícia Federal, na Capital. Duas clínicas na cidade, especializadas na comercialização de marcapassos e stent, também foram alvos da operação.

Contratos de 2014 a 2017 estão sendo analisados por peritos para averiguar possíveis desvios em materiais. Segundo a PF, o desvio de verbas chega a R$ 3 milhões e 200 mil. 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande.

Há suspeita de que servidores públicos participavam do esquema com recebimento de vantagens ilícitas das empresas envolvidas nas fraudes. As propinas recebidas pelos servidores eram feitas de várias formas, como pagamentos de viagens e transferências de veículos de alto valor.Médico cardiologista é preso durante operação da Polícia Federal na Capital

‘Sangue Frio'

Em 2013 a Polícia Federal deflagrou a Operação Sangue Frio, onde integrantes da quadrilha fraudava licitações e superfaturava serviços. A quadrilha controlava os grandes hospitais do estado e orientava assinatura de contratos, além de dar a direção para o repasse de verbas do SUS. A época, os pacientes eram enviados à clínica particular, de propriedade do médico Adalberto Siufi, e o pagamento era feito com base na tabela do SUS, acrescido de 70%, fato proibido por lei.

Outras operações

Em novembro de 2017 a Polícia Federal deflagrou a Operação Marcapasso para cumprir 137 mandados em 10 estados brasileiros, sendo um deles Mato Grosso do Sul. A operação era contra a fraude em licitações para a aquisição de equipamentos médicos.

As fraudes aconteciam para a aquisição de equipamentos chamados OPMEs (órtese, próteses e materiais especiais) de alto valor e grande custo para o sistema de saúde.