expulso do Paraguai na manhã desta segunda-feira (19), após o assassinato de Lídia Meza Burgos, de 18 anos, que aconteceu no último sábado (17), no grupo especializado da polícia onde Piloto estava preso, no Paraguai, foi levado para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná.

A decisão da transferência de Piloto para o presidio paranaense foi decretado pelo juiz Rafael Estrela Nóbrega, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, onde o narcotraficante responde por vários processos. Ele deve cumprir pena de mais de 26 anos de prisão por latrocínio e roubo.

Segundo o site Bem Paraná, em sua decisão o juiz afirmou que,  “A excepcionalidade da medida para que o apenado não ingresse no sistema prisional estadual [fluminense] se justifica em razão de todo o histórico recente ocorrido no curso de sua custódia no Paraguai, bem como a logística empregada pelos meios de segurança, que apontam para o menor custo e maior eficácia na sua inclusão direta no Presídio Federal de Catanduvas, indicado pelo Departamento Penitenciário Nacional, considerando a proximidade com a cidade de Foz do Iguaçu, local de seu ingresso no País”, escreveu.

O avião chegou ao aeroporto que fica do lado paraguaio da Usina de Itaipu, em Hernandarias, antes das 7h e em seguida Marcelo Piloto foi levado para a delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, em um helicóptero da Polícia Civil.

O ministro do interior Juan Villamayor teria dito durante a extradição do narcotraficante que “a Associação Especializada não está pronta” para esse tipo de prisioneiro.

Lídia foi morta com uma faca de cozinha, com vários golpes que atingiram o pescoço, abdômen, tórax e costas causando intensa hemorragia. Ela chegou a ser socorrida depois de agentes ouvirem os gritos de socorro, mas ela não resistiu e morreu. O crime teria sido cometido para impedir a extradição de Marcelo Piloto do Paraguai para o Brasil.