Três presos na Operação Laços de Família, deflagrada em Mato Grosso do Sul, foram transferidos provisoriamente para o Presídio Federal de Mossoró, no RN (Rio Grande do Norte). Entre eles está o subtenente Silvio César Molina Azevedo, da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Preso inicialmente no Presídio Militar, Molina foi transferido em outubro para o Presídio Federal de Campo Grande após suspeitas de que um plano de resgate, arquitetado pelo crime organizado, seria colocado em prática.

O suboficial foi preso suspeito de envolvimento com o narcotráfico durante a Operação Laços de Família, da Polícia Federal, e estava no Presídio Militar desde junho deste ano.

Além dele, Jefferson Alves Rocha e Douglas Alves Rocha Molina também foram transferidos para o presídio no Nordeste. O corregedor da unidade pede que o MPF (Ministério Público Federal) se manifeste sobre a inclusão definitiva do trio no presídio.

Molina era lotado em Mundo Novo, e foi preso com mais 14 suspeitos de integrarem uma quadrilha no Estado com base na cidade. O grupo criminoso teria ligação com a facção PCC (Primeiro Comando da Capital), e, segundo as investigações da Polícia Federal, usaria ao menos 10 empresas de fachada para lavar o dinheiro do narcotráfico.

Vida de luxo

A família de Mundo Novo, que teria o PM como chefe da quadrilha no Estado, ostentava uma vida de luxo incompatível com os salários. O militar tinha uma Ferrari avaliada em R$ 500 mil, além de outros carros de luxo, e fazia viagens para o exterior com toda a família.

Apartamentos, casas, sítios e fazendas também faziam parte do patrimônio da família do narcotráfico. Na cidade, todos tinham medo da quadrilha e um dos integrantes responde processo por homicídio.