Justiça marca audiência para ouvir agente penitenciário que matou pedreiro em show

Servidor federal vai prestar depoimento em setembro

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Está marcada para o dia 24 de setembro a última audiência em que será ouvido o depoimento do agente penitenciário federal Joseilton Cardoso, de 33 anos, réu por matar o pedreiro Adílson Ferreira dos Santos, de 23 anos, no estacionamento do shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande, durante show de uma dupla sertaneja.

Na tarde quarta-feira (20), o juiz Carlos Alberto Garcete da 1ªVara do Tribunal do Júri ouviu a última testemunha de defesa. Duas outras testemunhas arroladas, que também são agentes federais, devem prestar depoimento por carta precatória já que não moram mais em Campo Grande.

Ao juiz, a última testemunha ouvida em audiência contou que estava na escadaria que dava acesso ao camarote do show quando viu o início de uma discussão. Com medo, ela se distanciou, momento em que afirma ter ouvido o barulho de um tiro.

Mesmo sem saber apontar quem participava da confusão, a mulher apontou que um dos envolvidos na briga tinha porte corporal inferior a do segundo.

“O depoimento reforça nossa tese de que o Joseilton agiu por legítima defesa porque estava apanhando muito de uma pessoa que era bem maior do que ele. Ele atirou porque usou do recurso que dispunha no momento, já que tinha e podia andar com uma arma”, afirma o advogado José Roberto da Rosa, que faz a defesa do agente federal.

Agora, a Justiça aguarda o recebimento da carta precatória com o depoimento das duas testemunhas que serão ouvidas para que no dia 24 de setembro Joseilton possa ser ouvido.

Relembre o caso

O crime aconteceu após um show no estacionamento do Shopping Bosque do Ipês, no dia 24 de setembro de 2017, quando o agente se envolveu em uma briga por causa da fila do banheiro.

Em depoimento, o agente disse que estava na fila do banheiro após o fim do show quando houve um desentendimento com Adilson. Os dois teriam entrado em luta momento em que o agente efetuou um disparo que atingiu o tórax da vítima. Foi feita tentativa de reanimação, mas Adilson acabou morrendo no local.

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