Justiça mantém prisão de mulher flagrada com droga, arma e R$ 10 mil durante Operação Echelon
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A Justiça manteve a prisão de Ioneide Benites Pontes, de 37 anos, nesta sexta-feira (15). Ela foi presa com dinheiro, arma e droga, durante Operação Echelon, deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo, com cumprimentos de mandados em Campo Grande e cidades do interior de Mato Grosso do Sul.

Ioneides foi presa em flagrante nessa quinta-feira (14), durante cumprimento de mandados de prisão em Campo Grande. Com ela foram apreendidos R$ 10 mil em dinheiro, pequena quantidade de crack, um revólver calibre 32, cadernos com anotações, aparelhos celulares e balança de precisão.

Quando questionada sobre a origem do dinheiro, segundo delegado titular do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), Fábio Peró, ela começou a chorar e não soube explicar.

Durante audiência de custódia nesta sexta-feira, foi convertida em preventiva a prisão em flagrante de Ioneides, que foi encaminhada para o Instituto Penal Feminino Irmã Zorzi. A suspeita dos policiais é que a mulher, esposa de detento, tomava conta da contabilidade do grupo.

Operação

A Operação Echelon, deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo nesta quinta-feira (14), expôs a atuação de membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), que transformam unidades prisionais de Mato Grosso do Sul em verdadeiros ‘escritórios’ da facção criminosa.

Foram cumpridos nove mandados judiciais em MS, Presídio de Segurança Máxima, Presídio Federal e do Semiaberto. Policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) deram apoio operacional durante a operação que foi coordenada no Estado pelo delegado Celso Marques Caldeira de Presidente Prudente.

Com a Operação Echelon, a Polícia Civil de São Paulo e o Gaeco do Ministério Público paulista escancaram a falta de controle em Mato Grosso do Sul e ineficiência das prisões para tirar os membros do PCC da ativa.

Investigações

As investigações começaram quando agentes penitenciários encontraram fragmentos de manuscritos na rede de esgoto do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, no interior paulista.
Na ocasião a Polícia Civil foi acionada para investigar o caso e acabou identificando sete líderes de organização criminosa, além de revelar a existência de uma ligação da facção com outros países vizinhos ao Brasil.

Até agora foram identificados 103 integrantes, dos quais 75 devem ser presos nesta quinta. Os outros estados que recebem ações da Echelon são São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pará, Alagoas, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Roraima, Rio Grande do Norte, Acre, Amapá e Manaus.