Deve ser decidido nesta terça-feira (15) se Luís Alberto Bastos Barbosa assassino confesso da musicista Mayara Amaral irá a júri popular, após conflito de competências.

O conflito deve ser julgado pelos desembargadores nesta terça-feira (15), após o juiz da 2º Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande alegar conflito de competência com a 4º Vara Criminal para julgar e processar Luís Alberto pelo assassinato de Mayara.

Segundo os autos do processo, o conflito de competência foi gerado pela discordância entre julgar Luís por latrocínio ou feminícidio. A Procuradoria Geral de Justiça, por sua vez, opinou pela procedência do pedido ser de competência da 4º Vara Criminal, como indicado na denúncia feita pelo Ministério Público.

Relembre o caso

Mayara foi morta a marteladas, no dia 25 de julho de 2017, e segundo um dos suspeitos, também foi esganada. Luís Alberto Bastos Barbosa de 29 anos, Ronaldo da Silva Olmedo, de 30 anos, e Anderson Sanches Pereira, 31 anos, foram presos em flagrante pelo crime, na quarta-feira, 26 de julho. Mas, após as investigações foi concluído que Luis agiu sozinho roubando R$ 17,3 mil em bens da vítima.

A defesa de Luís teve como estratégia “culpar as drogas” pelo crime, e após esta tentativa foi pedido à Justiça que o músico passasse por avaliação de sanidade mental por acreditar que o baterista teria cometido o crime “motivado por um distúrbio muito além de sua vontade”.

Mas, em despacho feito pelo juiz consta que o Luís não teria afirmado ser total parcialmente incapaz de entender o caráter do ilícito cometido por ele. Ainda segundo o documento, durante o depoimento o acusado teria se mostrado consciente das acusações contra ele, dando detalhes do que tinha acontecido no dia do crime.