A Justiça concedeu liberdade a Walerson Ozorio, 22, acusado de envolvimento na morte do empresário Ronaldo dos Santos Batista de 38 anos, ocorrida dia 19 de junho de 2017. A decisão é do juiz de direito Luciano Pedro Beladelli, da comarca de Anastácio.

A Justiça entendeu que provas e depoimentos apontam que Walerson não teve participação direta na morte. Ele foi apontado com participação apenas na receptação do carro da vítima, de acordo com o site O Pantaneiro.

“Os adolescentes disseram que era para levar na casa de Walerson; após deixar o carro com Walerson, este disse que não mais o queria porque soube que os adolescentes haviam assassinado a vítima; em seguida, deixaram o veículo roubado ao lado de uma escola na Vila Bancária”, disse Alexandre Albuquerque da Cunha de 23 anos, em interrogatório. Alexandre foi quem dirigiu o carro até a casa de Walerson. Na época, dois adolescentes de 17 anos, foram apontados como os autores do crime. No último dia 08, um dos jovens, que estava com 18 anos, foi encontrado morto na Unidade Educacional de Internação do Pantanal.

“Desse modo, patente a caracterização do crime de receptação dolosa, razão pela qual, acolho o pedido de desclassificação do crime previsto no artigo 157, § 3° (latrocínio), do Código Penal para o artigo 180 (receptação)”, decidiu o juiz.

O Latrocínio

Dono do restaurante Estação Pantaneira, Ronaldo foi encontrado no fundo da piscina de sua residência com os pés e mãos amarradas por um fio de nylon e ainda um vaso preso as costas, para impedir que corpo boiasse. Após ser apreendido, o adolescente confessou estar envolvido no latrocínio.

O crime foi descoberto quando o alarme da casa do empresário disparou e um funcionário da empresa responsável pela segurança foi até o endereço. Chegando na casa, ele percebeu que a porta da frente estava aberta e acionou a Polícia Militar, que logo encontro o corpo.