Justiça quebra sigilos telefônico e bancário de universitário que matou Carolina no trânsito

A Justiça autorizou no dia 31 de julho a quebra dos sigilos bancários e telefônicos do estudante de medicina João Pedro de Miranda, acusado de matar em um acidente de trânsito a advogada, Carolina Albuquerque. O juiz de direito Roberto Ferreira Filho autorizou a quebra dos sigilos bancários e telefônicos do estudante, como também de […]

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A Justiça autorizou no dia 31 de julho a quebra dos sigilos bancários e telefônicos do estudante de medicina João Pedro de Miranda, acusado de matar em um acidente de trânsito a advogada, Carolina Albuquerque.

O juiz de direito Roberto Ferreira Filho autorizou a quebra dos sigilos bancários e telefônicos do estudante, como também de mensagens enviadas e recebidas. Foi enviado também um pedido a Google para tentar a localização de João Pedro antes do acidente.

Mas, em resposta ao pedido do juiz, a Google disse que “o histórico de localização é associado a uma conta e não a um aparelho especifico, sendo que o usuário pode habilitar o histórico em diferentes dispositivos”.

Ainda de acordo com a Google, “os dados coletados com relação a tal histórico são armazenados na sua conta Google e não podem ser produzidos e levantados com base em um identificador associado a um dispositivo”. Foi dado um prazo de 30 dias pelo juiz para que todos os procedimentos sejam feitos.

Em julho, a defesa do estudante de medicina havia feito o pedido para a análise do sangue de Carolina Albuquerque no intuito de saber se antes do acidente ela teria ingerido bebidas alcoólicas, o IALF (Instituto de Análises Laboratoriais e Forenses) teria afirmado à Justiça que não possuía equipamentos para atender ao pedido.

No dia 5 de junho, segundo relatório do cartão de crédito anexado ao processo, foi constatado que Carolina havia comprado, em um bar na Avenida Afonso Pena, um suco de laranja, um chopp e um lanche para crianças. O relatório foi anexado ao processo a pedido da defesa do estudante de medicina.

Desqualificação do crime

Para desqualificar o indiciamento pelo crime de trânsito, a defesa do acadêmico de medicina acusa Carolina de ter provocado a própria morte ao ‘furar’ o sinal vermelho, já que este teria sido, segundo a tese, o ato determinante para o acidente.

Mas os laudos da Polícia Civil atestaram na época que o estudante de medicina João Pedro de Miranda de 23 anos dirigia a 115 KM/h na avenida Afonso Pena e estava embriagado. A advogada, ainda segundo as informações policiais, estaria trafegando a 30 Km/h no momento da colisão.

Após o acidente, João Pedro Miranda fugiu e ficou foragido por dois dias. Preso, ele pagou uma fiança de R$ 50 mil e colocou uma tornozeleira eletrônica, uma das condições para sua liberdade.

 

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