A família de Breno da Motta Marino, 21 anos, realizou protesto na manhã deste domingo (13), na frente do Santuário Perpétuo Socorro, em Campo Grande. Eles questionam a sentença que absolveu o responsável pela morte, Anderson Antônio de Brito Júnior, 19 anos, considerando que ele agiu em legítima defesa.
Aproximadamente 15 familiares de Breno participaram do protesto. Os pais do jovem estavam muito abalados e carregavam cartazes pedindo Justiça. Embora absolvido pelo crime de homicídio, o réu foi condenado por porte ilegal de arma a dois anos de prisão em regime semiaberto.
“A gente quer justiça. O Breno era uma pessoa muito querida e o cara vai ser solto? Como assim legítima defesa? Isso foi um deboche. A Justiça riu da nossa cara. O meu filho morreu sem saber que ia morrer”, diz a mãe de Breno, Rosemary Oliveira, 46 anos.
A mãe diz que a polícia fez um “ótimo trabalho”, pois, os envolvidos foram presos em menos de 24 horas, mas, reclama do trabalho feito pelo judiciário. O pai de Breno, Gustavo Alves, 46 anos, tece as mesmas críticas.
“O delegado me ligou em menos de 24 horas sobre a prisão. Estamos protestando em nome do meu filho, por uma pena de no mínimo oito anos. O Breno agiu naturalmente após a discussão. Ele se virou e foi atingido pelas costas. Isso não foi legitima defesa “, diz o pai.
Julgamento
Durante o julgamento, na última quinta-feira (10), o réu afirmou que matou Breno na tentativa de se defender. Anderson disse que ficou sabendo por outras pessoas que Breno estava falando que iria matá-lo, e que por causa, das ameaças teria comprado uma arma por R$ 300.
O pai do acusado, que também foi denunciado à Justiça, não foi a julgamento pelo juiz entender que não há provas suficientes para indiciá-lo por assassinato.
No dia do crime, Anderson contou que estava sentado embaixo de uma árvore quando viu Breno passando e o chamou para questionar sobre as ameaças de morte, momento em a vítima o teria ‘intimado’ e ao fazer um gesto de ‘virada’, Anderson achou que ele estivesse armado e fez os disparos.