Policiais Militares Ambientais de realizavam fiscalização de monitoramento de cardume na operação piracema, à margem do rio Sucuriú, na madrugada desta terça-feira (11), nas proximidades do perímetro urbano quando ouviram um barulho de tiros no lado oposto do rio, em uma propriedade rural, onde havia plantio de lavoura.

De acordo com a polícia, a equipe atravessou de barco o rio e iniciou diligências na região de onde viera o barulho dos tiros. Quando chegaram à sede da fazenda verificaram algumas mulheres em um alpendre, que informaram que seus esposos estariam viajando, porém, os policiais perceberam que não falavam a verdade, pelo nervosismo e tendo em vista que os veículos estavam no local.

Os policiais continuaram às diligências à margem do rio e encontraram um trator, ainda com o motor quente e, na parte do hidráulico da máquina, havia um animal abatido da espécie Hydrochoerus hydrochaeris (capivara), com indício de ter sido morto há pouco tempo, a tiros. Percebendo que o trator pertencia à fazenda, a PMA voltou à sede e as mulheres continuaram negando sobre a possível responsabilidade dos esposos sobre o abate do animal. O trator e a capivara foram apreendidos.

Ao clarear o dia, um advogado apresentou dois homens de 67 e 75 anos, como os responsáveis pela caçada, porém, não apresentou nenhuma arma. Os infratores, um residente na fazenda e o outro em Costa Rica, foram encaminhados, juntamente com o material apreendido, à delegacia de Polícia Civil da cidade, e responderão por crime ambiental de caça ilegal. A pena é de seis meses a um ano e meio de detenção. Eles também foram autuados administrativamente e multados em R$ 500 cada um pelo abate do animal.