A defesa de Roberson Batista pediu o adiamento do júri popular marcado para esta quinta-feira (20), em Campo Grande. Ele é acusado de matar a tesouradas Mayara Fontoura, no dia 16 de setembro de 2017.
Em despacho, a defesa alega que uma testemunha que seria primordial para o julgamento não teria sido localizada. Ainda segundo o despacho feito na manhã desta quarta-feira (19), a testemunha estaria trabalhando em Três Lagoas e só retornaria a Campo Grande dentro de três semanas.
O julgamento de Roberson Batista está marcado para esta quinta-feira (20). A primeira data, 19 de julho, foi cancelada após pedido feito pelo advogado, por causa, de uma cirurgia que iria fazer.
Feminicidio
Mayara Fontoura de 18 anos foi assassinada na madrugada de 16 de setembro na casa onde morava no Bairro Universitário, em Campo Grande. O suspeito teria invadido a casa da jovem para matá-la, durante a madrugada.
A jovem foi encontrada deitada na cama, enrolada apenas a um edredom, já sem vida. Vestígios de sangue foram encontrados pela polícia no quarto e o banheiro da casa e a arma do crime, uma tesoura, foi deixada pelo autor ao lado do corpo.
Mayara vivia com o autor do crime desde 2015. Com mais de dez passagens envolvendo apenas casos de violência doméstica, o suspeito acabou preso em abril deste ano em cumprimento a dois mandados de prisão, uma tentativa de homicídio e uma lesão corporal, ambos os crimes contra a ex-mulher.
O homem foi condenado pela lesão corporal a três meses de reclusão, em regime aberto e a três anos e sete meses pela tentativa de homicídio. Foi preso e fugiu do sistema prisional de Campo Grande pelo menos três vezes. Ainda assim, recebeu a liberdade provisória do dia 14 de setembro, véspera do assassinato de Mayara, por ter cumprido parte das penas e não ter “registro de falta grave em 2016”.