Michelle Queiroz e o marido, Eduardo dos Santos Silva, ambos de 31 anos, vão a júri popular na manhã desta quinta-feira (25). O casal é acusado de matar Wesley Julião Barbosa de Almeida, o ‘Mascote’, de 18 anos, no dia 14 de janeiro de 2017 e para cometer o crime, teriam usado o carro e a arma do pai da autora, um policial militar aposentado.
O crime aconteceu no Itamaracá, em Campo Grande. Wesley estava na frente da casa da mãe, quando o casal se aproximou em uma camionete e Eduardo atirou várias vezes. Eles estavam na S10 prata.
Na época, a delegada Maria Célia Bezerra informou que quando viram Wesley, que estava acompanhado da esposa e do filho de 2 anos, Eduardo desceu da camionete e atirou, enquanto a esposa o incentivava a continuar com os disparos. ‘Mascote’ ainda correu e entrou na casa da mãe, onde acabou morrendo.
A camionete foi identificada após a polícia ter acesso às imagens gravadas por câmeras de segurança da região, que filmaram as placas. O pai de Michelle também acabou preso em flagrante, já que dentro da S10 foi encontrada uma carabina calibre 22, sem registro ou documentação necessária para posse da arma, além de um celular roubado.
Eduardo e Michelle procuraram a polícia e alegaram que, em dezembro de 2016, quando ‘Mascote’ foi preso com uma arma de fogo nas proximidades do Presídio Semiaberto, ele tinha intenção de matar Eduardo, que cumpria pena por tráfico de drogas. Após a prisão, ele foi posto em liberdade e teria continuado a rondar a Casa do Albergado.
No dia 14, o casal teria visto Wesley e eles alegam que o rapaz colocou a mão na cintura, simulando que pegaria uma arma de fogo. Eduardo pegou o revólver do sogro, policial civil aposentado, que estava embaixo da camionete, e atirou contra a vítima. Os dois autores do crime foram presos por homicídio doloso, quando há intenção.
Segundo o Ministério Público, o motivo do crime foi torpe, pois foi cometido devido a informações de que a vítima pretendia matar os acusados. Além disso,usou recurso que dificultou a defesa da vítima, pois os acusados premeditaram a ação para que conseguissem pegar ‘Máscote’ desprevenido. A defesa pede absolvição por legítima defesa.
O julgamento acontece a partir das 8 horas e será conduzido pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida.
