A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, na manhã desta quarta-feira (25), uma aeronave que vinha da Bolívia com suspeita de transportar drogas no norte de . Três aeronaves A-29 e um avião-radar E-99 participaram da interceptação, que foi feita após tiro de aviso e tiro de detenção, obrigando a aeronave a fazer um pouso forçado em um lago localizado na área do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense. Após pouso, a Polícia Federal foi ao local.

De acordo com a FAB, esta é a segunda vez que esta medida é tomada pela FAB.  A ação faz parte da Operação Ostium, que combater o narcotráfico nas fronteiras com a Bolívia e o Paraguai. Realizada desde o início de 2017, o objetivo é coibir voos irregulares que possam estar ligados a crimes como o narcotráfico. Em março de 2017, tropas e equipamentos de última geração foram enviados para as cidades de Chapecó (SC), Corumbá (MS), Dourados (MS), Campo Grande (MS), Cascavel (PR) e Foz do Iguaçu (PR), para atuar na região de fronteira com Paraguai, Argentina e Bolívia. 

Para a ação desta terça-feira, a FAB enviou um helicóptero H-60 Black Hawk e  militares especializados em busca e salvamento.

FAB intercepta avião suspeito de tráfico sobre o Pantanal
Aeronave E-99 da FAB participou da operação

Como foi a ação
As aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano da FAB e o avião radar E-99 foram utilizados na ação. Antes de disparar, o piloto de defesa aérea seguiu o protocolo das medidas de policiamento, interrogando o piloto do bimotor. Como o piloto do bimotor não respondeu, a aeronave passou a ser considerada suspeita.

O piloto da FAB ordenou, então, a mudança de rota e o pouso obrigatório no aeródromo de Cuiabá (MT). Diante da nova desobediência, foi disparado o tiro de aviso, informando que o avião deveria pousar no aeródromo mais próximo.
Diante de nova desobediência, foi disparado o tiro de detenção. “Ao tentar se evadir e após se negar a responder a todas as chamadas do A-29 da Defesa Aérea, inclusive o tiro de aviso, a aeronave foi alvejada, o que forçou um pouso de emergência”, explicou o chefe do Estado-Maior Conjunto do Comando de Operações Aeroespaciais, Major-Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich.

O oficial-general acrescentou que a aeronave estava com uma matrícula falsa. “É importante que as aeronaves realizem o plano de voo em todas as regiões em que este está previsto nas regras de trafego aéreo”, diz.