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Polícia

Acusado de matar 16, Nando pede benção de Deus antes de julgamento

“Péssimo dia para mim, que Deus os abençoe”, com está frase Luiz Alves Martins Filho, o Nando, pediu proteção no início de seu julgamento nesta sexta-feira (29) pelo assassinato de 16 pessoas, que foram encontradas enterradas de cabeça para baixo, em um cemitério clandestino, no Danúbio Azul. O julgamento acontece 1 ano e 8 meses […]
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“Péssimo dia para mim, que Deus os abençoe”, com está frase Luiz Alves Martins Filho, o Nando, pediu proteção no início de seu julgamento nesta sexta-feira (29) pelo assassinato de 16 pessoas, que foram encontradas enterradas de cabeça para baixo, em um cemitério clandestino, no Danúbio Azul.

O julgamento acontece 1 ano e 8 meses depois de sua prisão e acusação dos assassinatos. A previsão é de que o julgamento, que é feito por videoconferência, já que ele está com tuberculose, deve durar aproximadamente 10 horas.

Hoje ele será julgado pelo assassinato de ‘Café’, a primeira vítima de Nando, que foi morto pelo trio Michel, Jean e Nando ‘o cabeça’ da série de crimes no bairro. A vítima devia dois fretes de R$ 170 para Luiz Alves.

A mãe de Aline Farias morta aos 22 anos acompanha o julgamento de Nando e diz que não tem como perdoar o que foi feito com sua filha, “eu quero Justiça”, disse. Após conseguir enterrar a filha depois de um calvário desde o desaparecimento da jovem em janeiro de 2016 até seu enterro que só pôde acontecer 1 ano e 6 meses depois, Matilde Farias da Silva contou que mudou da região e que não se conforma com a morte de Aline, que deixou duas filhas, de 6 e 10 anos.

Nando está preso desde 10 de novembro de 2016, dois meses após o início das investigações feita pela polícia sobre a morte de ‘Leleco’, Leandro Aparecido Nunes Ferreira, de 28 anos. Leleco foi morto a tiros no dia 2 de setembro, por dois rapazes em uma motocicleta. Durante as investigações do homicídio, a polícia concluiu que a vítima tinha envolvimento com o grupo responsável por um esquema de exploração sexual e tráfico há aproximadamente 3 anos.

Temido no bairro

Conhecido e temido no bairro, Nando passou quatro anos cometendo homicídios e explorando sexualmente as vítimas, sem ser denunciado. Segundo a polícia, ele enforcava ou estrangulava as vítimas porque não gostava de ver sangue e depois as enterrava de cabeça para baixo.

Em setembro de 2016 foram presos ‘Nando’; Rudi Pereira da Silva, com quem ainda foram encontrados 70 galos utilizados em rinhas, e Diego Vieira Martins, que é sobrinho de ‘Nando’, todos acusados de envolvimento no tráfico de drogas.

Além dos três, foram presos Jeová Ferreira Lima e Jeová Ferreira Lima Filho, Andreia Conceição Ferreira, Ariane de Souza Gonçalves, Talita Regina de Souza e Jean Marlon Dias Domingos.

Mortes no Danúbio Azul

Café’, que não teve o nome divulgado, foi morto por Jean, Michel e Nando e localizado em uma das primeiras escavações. Ele devia dois fretes no valor de R$ 170 para Nando.

‘Alemão’, morto há 4 anos por Jean, Nando e uma terceira pessoa ainda não identificada e também já foi encontrado. Ele vendeu para um integrante do grupo criminoso uma TV e usou o dinheiro para comprar drogas. Ao descobrirem que o aparelho era furtado, os criminosos mataram o rapaz.

Bruno Santos da Silva, o ‘Bruninho’, foi assassinado em 2013 por Nando e localizado pela polícia na semana passada. Em 2009 ele teria agredido um sobrinho de Nando, que o estrangulou por vingança.

Ana Cláudia Marques, de 37 anos, era mãe de 6 filhos e foi assassinada em setembro de 2015 por dívidas de drogas com o grupo. Ela foi localizada no dia 23 de novembro de 2016 e enterrada no último dia 19 de agosto de 2017.

Flávio Soares Correa, morto em abril de 2015, com 25 anos. Foi assassinado por Jean e Nando porque praticava furtos no bairro e era considerado ‘afeminado demais’ pelos criminosos.

No dia 24 de novembro foram encontrados, Jhennifer Luana Lopes, a Larissa, morta em março de 2016, aos 16 anos, por Nando e Michel porque praticava furtos e Lessandro Valdonado de Souza, de 13 anos, que foi assassinado porque flagrou uma traição da cunhada Talita.

Outra vítima encontrada foi identificada como Aline Farias Silva, de 22 anos. Ela foi morta por furtas objetos no bairro para comprar drogas. A família só conseguiu realizar o enterro um ano e seis meses após a morte. O sepultamento ocorreu no dia 29 de julho de 2017.

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