Encaminhados para o Presídio de Trânsito

Os suspeitos do assassinato da musicista Mayara Amaral de 27 anos tiveram a prisão preventiva decreta nesta quinta-feira (27), pelo juiz Ricardo Galbati. Eles teriam assassinado a musicista a golpes de martelo, na noite de terça-feira (25). Luís Alberto Bastos Barbosa de 29 anos, Ronaldo da Silva Olmedo, de 30 anos, e Anderson Sanches Pereira.

Eles serão levados para o Presídio de Trânsito, na Capital onde irão aguardar pelo julgamento do homicídio de Mayara. Eles foram indiciados por latrocínio, com pena de até 30 anos, ocultação de cadáver, com pena de 3 anos.

Mayara teria sido morta para ter o carro roubado por Luís Alberto Bastos Barbosa de 29 anos, que já tinha planejado o crime e como comparsa tinha Ronaldo da Silva Olmedo, de 30 anos, conhecido como ‘Cachorrão’.

A polícia chegou a Luís depois que uma testemunha mostrou um aplicativo onde mostrava os últimos passos de Mayara. Ele foi preso ainda na sua casa e no local, a polícia encontrou as roupas sujas de sangue, computador, telefone, CNH e o instrumento de Mayara.

Luís confessou que conhecia a vítima e a atraiu para um motel na Avenida Euler de Azevedo. A entrada do carro no motel foi registrada às 22h de segunda-feira. O comparsa ‘Cachorrão’ entrou no motel escondido.

Em seu depoimento, Luís admitiu que manteve relação sexual com a vítima. Mayara foi morta a golpes de martelo quando percebeu que seria roubada e tentou reagir. Depois de morta, ‘Cachorrão’ pegou os pertences da vítima e com ajuda de Luís levaram o corpo para a casa do Anderson Sanches, 31 anos. No local dividiram os objetos e após cerca de de oito horas com o cadáver, decidiram levar corpo para a cachoeira do Inferninho, onde atearam fogo no corpo e arreadores para tentar apagar as pistas. Cachorrão e Anderson foram presos, no decorrer das investigações, com o veículo da vítima.

O caso

O corpo de Mayara Amaral foi encontrado na noite desta terça-feira (25) por peões de fazendas da região do Inferninho, ainda em chamas. O fogo que queimou parcialmente a vítima se alastrou pelas margens da estrada e mobilizou moradores da região e o Corpo de Bombeiros.

A mãe contou que não conseguia contato com a jovem e que, ao procurar por uma amiga de Mayara, foi informada que a jovem tinha desaparecido no dia 24, após brigar com o namorado que a teria ameaçado de morte.

Desde então não conseguiu contato com a filha. Já ontem (terça) mandou mensagens para o celular dela perguntando onde ela estava e recebeu como resposta que estava na casa do ex-namorado, que a estava perseguindo e ameaçando de morte. Após isso, a mulher procurou a delegacia de polícia e não conseguiu mais contato com a filha, já que o celular estava desligado.

Colegas da música chegaram a compartilhar avisos nas redes sociais sobre o desaparecimento, mas o corpo de Mayara Amaral foi reconhecido nesta quarta-feira (26).

De acordo com informações da polícia, o fogo não teria sido colocado no corpo para encobrir provas, mas teria sido colocado na vegetação e acabou se espalhando e alcançando o corpo da jovem. Peões, no entanto, relataram que o fogo teria começado exatamente onde o corpo foi abandonado.

Mayara foi jogado no local vestida apenas com uma calcinha. O crânio perfurado por possíveis pancadas na cabeça seria a causa da morte. Fazendeiros que passavam pela região disseram aos militares, que por volta das 16h, já havia fogo na região. Uma das testemunhas viu que, por volta das 17h20, o fogo se alastrou e sem sinal de telefonia no local, precisou seguir rumo a área central para conseguir acionar para a PM e Corpo de Bombeiros.