Rapaz diz que servidores mentiram no registro da ocorrência
Um funcionário de assistência técnica de celulares, de 27 anos, preso na noite desta quinta-feira (21), por desacato a Guardas Municipais, procurou o Jornal Midiamax para apresentar sua versão dos fatos. O rapaz nega ter jogado garrafas nos servidores ou dado ‘carteirada’ dizendo ser funcionário de coronel.
O envolvido relatou que tomava cerveja com a amigos, em uma conveniência próximo ao camelódromo, quando uma viatura da Guarda parou e servidores pediram para que abaixassem o volume do som. Como o pedido não foi acatado, a dupla pediu reforço e outros dois guardas chegaram armados com dois revólveres calibre 12, aparentemente para o uso de balas de borracha.
A confusão teria começado, pois os guardas apontaram o armamento para o rosto de todos os presentes, inclusive para o do suspeito de desacato. O rapaz teria indagado os guardas sobre o que a ação se tratava e por que a abordagem daquela forma. “Quando perguntei o por quê da trucrulência, um deles disse que me reconhecida de algum lugar e foi quando começou a discussão. Sobre a situação do Coronel, eu disse que conhecia um coronel e que ele poderia dizer quem eu era, afinal eu não sou bandido, sou trabalhador”, disse.
O Jornal Midiamax teve acesso a umáudio gravado pelo jovem, em que é possível ouvir um dos Guardas dizendo: “Você vai calar a boca. Você vai ficar quieto ou eu vou enfiar a mão na sua cara”. No mesmo momento, os óculos do envolvido caem ao chão, o rapaz pede calma e dessa vez teria sido agredido e imobilizado. Fotos resgistradas pela vítima mostram marcas nos braços.
Outro lado
Boletim de Ocorrência registrado pelos Guardas, informa que por volta das 22 horas o homem, que estava em uma conveniência, atirou garrafas de vidro contra a viatura da Guarda. Em buscas pelo local, os agentes foram xingados pelo autor que se referiu aos servidores como “guardinhas”.
No momento em que recebeu voz de prisão, o rapaz se apresentou como funcionário de um coronel e resistiu violentamente a prisão, sendo preciso o uso da força para contê-lo.
Ele foi preso e encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Centro, onde o caso foi registrado como desacato.