Afirmou que tentava impedir a morte da esposa 

O autor da morte de Adriano Martins Moreira Primo, de 28 anos, se apresentou à polícia e afirmou que os tiros que tiraram a vida do rapaz aconteceram durante a disputa por um revólver. Anderson Fernandes Viera, de 43 anos, era padrasto da vítima e alegou que acabou matando o enteado ao tentar impedir que ele fosse atrás da mãe com a arma.

O crime aconteceu na madrugada do dia 3 de setembro, em uma residência do Loteamento Cristo Redentor, em . Para a polícia, a mãe de Adriano contou que o filho era usuário de droga e por conta disso muito agressivo com ela. Ela afirmou que naquele dia, o rapaz estava muito nervoso e a todo momento pedia por dinheiro.

A mulher foi encurralada no banheiro pelo filho, ficou trancada por um tempo para fugir das agressões, mas quando saiu quase foi atingida por copos arremessados por Adriano. Ela conseguiu fugir da casa, mas deixou o marido no local. Enquanto ia para casa do irmão, o suspeito do crime a alcançou, afirmou que havia feito uma ‘desgraça' e fugiu de bicicleta.Suspeito de matar enteado afirma que atirou durante disputa por arma

Junto com o irmão, a mulher voltou para casa e encontrou o filho já ferido. O socorro foi acionado, mas Adriano não resistiu. O caso passou a ser investigado pela 4ª Delegacia de Polícia Civil, e dias depois Anderson se apresentou na unidade acompanhado de um advogado.

Na versão dele, depois que a mulher saiu de casa, o enteado pegou o revólver e afirmou que iria matar a própria mãe. Ele então tentou impedir o rapaz e os dois entraram em uma luta pela disputa da arma. Foi neste momento que o revólver teria disparado e atingido o peito de Adriano.

Anderson entregou a arma usada no crime para a polícia e afirmou que ela pertencia ao enteado. Várias testemunhas foram ouvidas durante o inquérito, coordenado pela delegada Célia Maria. Segundo a Polícia Civil, nos depoimentos vizinhos e amigos da família destacaram a vítima era extremamente agressiva com a mãe e a extorquia diariamente desde os 13 anos de idade, quando começou a usar drogas.

Se não conseguisse o dinheiro, ele furtava objetos da residência para trocar por entorpecente. Anderson foi indiciado por doloso, com pena prevista de seis a vinte anos de reclusão. A justiça deve definir ainda se sua ação pode ser considerada como legítima defesa. (Foto: Divulgação Polícia Civil)