Vítima usou arma do pai durante o fato

Foi constatada, nesta segunda-feira (22), a morte cerebral do rapaz que atirou contra a própria cabeça após discussão dos pais, no Bairro Parque dos Lajanrais, na madrugada de sábado (20). O dono da arma, de 41 anos, que brigou com a esposa porque a casa estava bagunçada, chegou a ser preso pelo porte ilegal. 

Conforme a assessoria de imprensa da Santa Casa, a morte cerebral foi constatada e a família já foi notificada do óbito. Desde o ocorrido, a vítima ficou internada em estado grave, na área vermelha do hospital, passou por exames neurológicos e seguia sob observação, periódica.

O paciente permanece entubado, no hospital. A família ainda não manifestou interesse na doação dos órgãos.

Caso

A equipe foi acionada via 190 para atender uma ocorrência de disparo de arma de fogo. No local, o morador teria atirado contra a própria cabeça e havia sido socorrido pelo vizinho. O pai da vítima disse aos militares que chegou em casa e discutiu com a esposa porque a residência estava desorganizada. Em seguida, conforme relato, foi até o quarto pegou sua arma de fogo no armário de roupas, colocou no tambor um cartucho deflagrado e passou a fazer roleta russa insinuando suicídio.

Rapaz que atirou na cabeça após discussão dos pais tem morte cerebral

A esposa confirma a versão da discussão e do desarmamento do marido com a ajuda do filho que, segundo ela, ‘é de consideração’. À polícia, a genitora disse que antes de fazer o disparo, o filho teria pedido desculpa pelo que iria fazer.

Em meio ao fato, a mulher jogou a arma para o lado de fora da casa e com a ajuda de um sobrinho retirou filho do chão e o colocou no sofá. Ele foi levado à Santa Casa, pelo vizinho. Outra testemunha, que dormia na casa e acordou com o barulho do disparo foi até a delegacia e relatou que ao sair do quarto já viu a vítima no chão.

O local não foi preservado pelos moradores e a perícia não foi acionada. A equipe, então, foi até a Santa Casa, onde foi informada que a bala atravessou a cabeça da vítima e que o quadro clínico era irreversível.