Serão encaminhados para Presídio Federal
No mesmo dia em que o Jornal Midiamax divulgou matéria de denúncia do esquema de tráfico de drogas que funcionaria no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, a transferência de 27 internos para um Presídio Federal foi autorizada. Entre os detentos, dois foram citados na reportagem.
‘Pé na Cova’ e ‘Pirata’ seriam os presos encaminhados para o Presídio Federal de Porto Velho (RO). No entanto, a transferência só ocorreria na próxima semana. O Midiamax recebeu o documento, originalmente encaminhado ao então diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Ailton Stropa, que tem como assunto “Inclusão emergencial de presos do Estado do Mato Grosso do Sul”.
A diretoria do Sistema Penitenciário Federal foi favorável quanto à transferência de 12 presos para outro Presídio Federal. Já ‘Pé na Cova’ e ‘Pirata’ seriam transferidos em caráter emergencial, com outros 13 presos, para Porto Velho. Não há informação se os outros detentos poderiam estar ligados ao suposto esquema de tráfico na Máxima, mas a maioria tem passagem por tráfico de drogas.
No texto, é explicado que os presos que estariam ligados ao tráfico, conforme divulgado pelo Midiamax, seriam transferidos por conta de atos inseridos no decreto 6.877, de 18 de junho de 2009, que trata da transferência de detentos para estabelecimentos penais federais. A transferência caberia em três incisos do artigo 3º.
Confira:
“Art. 3° Para a inclusão ou transferência, o preso deverá possuir, ao menos, uma das seguintes características:
I – ter desempenhado função de liderança ou participado de forma relevante em organização criminosa;
IV – ser membro de quadrilha ou bando, envolvido na prática reiterada de crimes com violência ou grave ameaça;
VI – estar envolvido em incidentes de fuga, de violência ou de grave indisciplina no sistema prisional de origem.”
Tráfico na cantina
No dia 2 de fevereiro, foi divulgada a informação de que um esquema de tráfico de drogas funcionaria no Presídio de Segurança Máxima, envolvendo presos e até mesmo a diretoria do estabelecimento penal. A venda do entorpecente seria comandada pelo grupo e feita por meio da cantina.
Após a denúncia, a Agepen chegou a divulgar nota afirmando que apuraria o suposto esquema de tráfico, mas não chegou a divulgar outras informações após o ocorrido.