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Polícia

Presa que teve corpo queimado por colega de cela já havia sido agredida em presídio

Ela foi detida por torturar o sobrinho em 2013
Arquivo -

Ela foi detida por torturar o sobrinho em 2013

A interna que teve 40% do corpo queimado depois de ter água fervendo jogada na cabeça já havia sido vítima de agressões dentro do Estabelecimento Penal Feminino ‘Irmã Irma Zorzi’. O primeiro caso aconteceu logo após sua prisão no ano de 2013, possivelmente em retaliação ao crime pelo qual ela foi presa, a do sobrinho de 7 anos.

Segundo a Polícia Civil, o primeiro caso foi logo após ela ser presa, junto com o marido, por torturar o menino de 7 anos, no Bairro Nova Lima. Assim que chegou a unidade a mulher foi coagida pelas outras internas, que a obrigavam a dormir no chão e não a deixava comer. Além de a xingarem frequentemente.

O crime teria acontecido depois de um culto. Na época, a interna contou à polícia que as mais velhas ditavam o que as novatas deveriam fazer e durante a cerimônia um das ‘líderes’ mandou que todas parassem de ler a bíblia. Ela não parou e por isso foi obrigada a deixar o culto, se abrigando no banheiro para continuar a leitura.

Horas depois, a mesmo presa a chamou para conversar. Foi então que ela e outras sete internas começaram uma sessão de tortura, alegando que a suspeita precisava ‘levar uma lição’, para que depois parassem de mexer com ela. O grupo então ‘lixou’ os seios e a cicatriz da cesárea da mulher.

Conforme o boletim de ocorrência registrado na 2ª Delegacia de Polícia Civil, a mulher pediu para as colegas de cela parassem, pois ainda gostaria de ser mãe. “Um monstro como você não merece ser mãe”, teria respondido uma das presas. Só depois a interna conseguiu se soltar e conseguiu ajuda de um agente penitenciária.

O caso foi registrado como lesão corporal dolosa e para a polícia seria uma retaliação ao crime pelo qual a mulher está presa.

 Já a nova agressão, registrada como simples na forma tentada, aconteceu no dia 29 de janeiro, após uma briga entre a interna e uma colega de cela. Para a polícia, a mulher contou que depois de um tempo, a desafeto teria ‘do nada’ jogado uma vasilha de água quente em sua cabeça. Ela então foi socorrida para a Santa Casa com várias queimaduras pelo corpo.

A assessoria de imprensa da Santa Casa informou que a paciente deu entrada com queimaduras de 1º e 2º no rosto, pescoço, ombro esquerdo e coxa esquerda.  Apesar de 40% do corpo atingido, a paciente não corre risco de morte. “Ela está recebendo suporte clínico e curativos, acompanhada de escolta da Polícia Militar”, afirmou a assessoria.

Entenda o caso

A tortura do menino de 7 anos foi descoberta em fevereiro de 2013, depois que ele foi encontrado andando sozinho pelas ruas do Nova Lima. A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente) então constatou que o menino vivia em um canil, junto com dois cachorros, era proibido de entrar em casa e tinha várias fraturas no maxilar, costela, mãos e até mesmo lesões no órgão genital.

A criança era torturada há oito meses quando o caso chegou a polícia e a mulher e o marido, na época com 35 anos, foram presos. 

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