Antes da morte, vítima chegou a ficar 4 meses internada

José Correia de Carvalho, de 48 anos, que matou a esposa Gisele da Silva Pereira, de 19 anos, foi condenado a 11 anos e três meses de prisão, em regime fechado, por homicídio privilegiado e qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime aconteceu em um bar no Jardim Inápolis, na madrugada de 11 de maio de 2014. O julgamento ocorreu, nesta quarta-feira (22), às 8 horas, na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.

Diante das qualificadoras e por maioria dos votos, o Conselho de Sentença condenou o réu a 14 anos de reclusão. Na segunda fase, pela confissão, teve seis meses da pena, reduzida e na terceira 1/6. 

Portanto, em definitivo, condenado à pena de 11 anos e três meses de reclusão em regime fechado.

O réu, que aguardava o julgamento em liberdade, teve o mandado de prisão expedido.

Caso

No dia do crime, o casal bebia no bar, quando começou uma discussão. José disse ao júri que a esposa começou a xingá-lo, mas que o ponto alto da discussão foi quando ela o chamou de ‘corno’, quando ele a teria esfaqueado. Ele afirmou que não há explicação para o crime e culpou o fato de ter ingerido bebidas alcoólicas.

Na época, José foi indiciado por homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima, mas o defensor Rodrigo Antônio Stochiero tenta retirar a qualificadora. José afirma que esfaqueou a mulher quando saía do bar. Ele disse que foi perseguido por ela, que estava com uma garrafa em mãos e tentou atingi-lo, quando a feriu três vezes com uma faca.

A vítima sofreu ferimentos no abdômen, tórax e nádega e foi socorrida e levada ao hospital. Quatro meses depois, ela não resistiu aos ferimentos e morreu. Respondendo em liberdade, José não viu mais o filho que teve com a vítima, uma criança que hoje tem três anos. Ele foi impedido pela família da mulher de se aproximar do menino.

O júri foi presidido pelo juiz Aluízio Pereira da Silva e também participa o promotor Dougas Oldegardo Carvalho dos Santos.