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Polícia

Policial Federal diz que ‘não sabia’ ter atropelado e matado, mas escondeu viatura

Em depoimento confuso, admite, no entanto, que fugiu com medo de agressão
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Em depoimento confuso, admite, no entanto, que fugiu com medo de agressão

O depoimento do policial federal que atropelou um grupo de pessas com viatura oficial em , a 350 quilômetros de , é contraditório e sugere que ele deliberadamente tentou esconder o envolvimento com o acidente, que causou a morte de Everton da Silva Pessoa, de 17 anos. Apesar de ter fugido do local do crime, ele só apareceu na delegacia 3 dias depois, nesta quinta-feira (16).

Ao delegado de Polícia Civil, o policial federal Alexandre Cavalcante de Oliveira, de 45 anos, disse que “não sabia se tinha atropelado um objeto ou uma pessoa”. No entanto, ele admite que viu a movimentação no local do crime pelo retrovisor da viatura descracterizada do Departamento de Polícia Federal que conduzia. Mesmo assim, decidiu fugir e alegou que ‘temia pela própria segurança’.

Além de fugir do local do , o policial federal levou a viatura descaracterizada com os sinais da colisão para casa e escondeu o acidente dos colegas policiais, dizendo apenas que o veículo estava estragado e que ele mesmo mandaria consertar.

Mesmo identificado, ele foi quando quis à 1ª Delegacia de Polícia Civil da cidade para contar sua versão sobre o atropelamento dos três jovens, de 18 e 17 anos. Segundo o delegado Eduardo Lucena, responsável pela investigação, o suspeito afirmou que não viu as vítimas, já que no dia do crime a rua estava escura e chovia muito.

Ele ainda detalhou que depois do atropelamento, ficou na dúvida se tinha atingido pessoas, ou algum objeto, mas mesmo assim percebeu uma grande movimentação de pessoas e ficou com medo de parar e ser agredido pelo grupo. Depois, foi com a viatura descaracterizada para a casa e informou aos superiores que o veículo estava estragado e que mandaria arrumar, para depois devolver.

Somente quando a notícia sobre o crime se tornou pública é que o servidor público federal confessou aos colegas policiais federais o envolvimento na morte do jovem. A esta altura, a Polícia Civil já o tinha identificado como o condutor quer matou Everton da Silva Pessoa e fugiu.

“Ele também negou que estava bêbado e relatou que só não parou para ajudar por medo de ser agredido”, diz o delegado. Agora, as investigações serão para esclarecer o que de fato aconteceu. Exames da perícia feita no local do atropelamento e também no carro, apreendido depois de retirado da cena do crime pelo próprio policial federal, foram feitos e o delegado aguarda os resultados.

Imagens de câmeras de segurança da cidade mostraram o grupo de amigos passando pela rua e minutos depois o veículo conduzido pelo policial federal, aparentemente em alta velocidade. A Superintendência da Polícia Federal divulgou em nota que o policial seria do Rio de Janeiro e estaria em “missão” em Mato Grosso do Sul. A instituição também prometeu ajudar as investigações.

O agente pode ser indiciado por homicídio, lesão corporal culposa e omissão de socorro.

O atropelamento

O atropelamento aconteceu na Avenida Campo Grande, em Naviraí, cidade distante 359 quilômetros da Capital. Dois amigos que estavam com ele, de 17 e 18 anos, ficaram feridos.

Por volta das 1h50, os cinco amigos andavam pela Avenida Campo Grande depois de saírem de um show, quando três jovens foram atropelados. Everton morreu no local após ser atingido pelo carro, enquanto o amigo, também de 17 anos, sofreu ferimentos leves e uma jovem de 18 anos ficou em estado grave. Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionados e socorreram as vítimas.

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