No ano passado foram apreendidos 410 kg da droga após queda de avião

A fazenda Pranchada, localizada em Porto Murtinho, a 454 km de Campo Grande, voltou a ser visitada por policiais nesta semana e lá foram encontrados mais 41 quilos de pasta base de cocaína. O local é conhecido por crimes de narcotráfico, desde o ano passado, quando foram apreendidos 410 quilos de pasta base após queda de aeronave.

Duas pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas, na última segunda-feira (11) e terça-feira (12). Uma das prisões ocorreu na Fazenda Pranchada. Na tarde de quinta-feira (14), uma equipe da delegacia de Porto Murtinho voltou ao local e apreendeu mais 20 quilos da droga.

Polícia volta a encontrar cocaína em fazenda 'famosa' no narcotráfico

Nesta operação ninguém foi preso, pois os policiais acreditam que a droga estivesse no local há vários dias. “A fazenda é rota do tráfico. O capataz foi preso no ano passado, e agora em liberdade, não faz mais parte do quadro de funcionários, mas pode muito bem ter espalhado a droga em vários pontos da propriedade”, acredita um policial que fez parte da operação.​

Fazenda famosa

A fazenda já foi palco de um esquema muito alto de tráfico de cocaína. No ano passado uma aeronave recheada de armas e cocaína caiu na propriedade. Outros traficantes chegaram a resgatar o piloto, que quebrou a perna, em outro avião. A aeronave se chocou contra uma cerca por falta de espaço.

Na época foram encontrados carregadores de arma pesada e os destroços do avião, que foram levados para Porto Murtinho para ser periciados.

Em abril, um peão da fazenda foi denunciado pelo MPF(Ministério Público Federal) em Mato Grosso do Sul, por tráfico internacional de drogas e de arma de fogo. Ele chegou a ser preso, por esconder cerca de 400 quilos de pasta base de cocaína, carregadores de fuzil e munições na propriedade onde trabalhava.

Segundo a denúncia, o peão identificado como Teodoro Caceres escondia na Fazenda Pranchada 400 kg de pasta base de cocaína, 10 kg de cocaína, 48 carregadores de fuzil, 1.032 munições de calibre 7,62 mm e uma luneta com mira laser, todos provindos da Bolívia. Também foram apreendidos R$ 5 mil, em espécie.

O MPF denunciou Teodoro Caceres com base nas leis nº 11.343/06 e 10.826/03. Se condenado, ele poderá cumprir pena de reclusão de 11 a 37 anos. Atualmente, Teodoro Caceres está em liberdade. A Justiça Federal ainda não apreciou a denúncia do MPF.