Comprar produtos furtados é crime, mas prática é comum em sites de venda
Dois recentes casos de prisão de receptadores – pessoas que compram produtos furtados ou robados – levaram a Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) a emitirem um alerta à população.
No segunda-feira passada (30), os policiais da delegacia autuaram em flagrante Alexsander Filgueira Leite Sacamota, 31, pelo crime de receptação. Ele foi acusado de comercializar produtos furtados.
Com o rapaz foi encontrado um telefone celular de procedência ilícita, e R$ 2.586,00 apreendidos. Ele teve de pagar uma fiança de R$ 3.748,00 para ser liberado, e aguarda decisão judicial.
Na sexta-feira (3), Hudson Batista Segovia, 22, foi preso em flagrante por comprar um celular Samsung J7 com registro de roubo. A compra foi feita pelo site OLX. Pelo mesmo site, Hudson já havia comprado um Motorola Moto G, também de origem duvidosa.
Em ambos os casos o rapaz não conhecia o vendedor dos produtos. A fiança para Hudson foi de R$ 937,00, e ele também responde em liberdade enquanto aguarda decisão judicial.
Para a Derf, a autuação nesses casos tem a intenção de inibir a compra de objetos sem procedência e sem nota fiscal, a fim de minimizar os altos índices de furtos e roubos em Campo Grande.
“Comprar objetos roubados ou furtados é um crime tão grave quanto o de roubo ou furto, pois são essas pessoas que alimentam esta prática, portanto vamos agir com afinco e rigor”, diz o delegado Reginaldo Salomão.
Como evitar
Grupos de venda no Whatsapp e Facebook, além de sites de comercialização entre pessoas físicas, como OLX e Mercado Livre, têm sido utilizados com frequência para a venda e compra de produtos roubados, alerta Salomão.
A orientação da Derf nesse sentido é de que, quando o consumidor adquirir um produto que não tem segurança sobre sua origem, que compareça à Delegacia para comprovar sua boa fé.
“Realizaremos pesquisas em nossos sistemas e avaliaremos caso a caso”, diz o delegado. Além disso, é sempre importante exigir a nota fiscal em nome do vendedor antes de qualquer compra, complementa.
(com supervisão de Evelin Araujo)