Vítima foi jogada em uma fossa no quintal da casa
A ossada do mecânico Edson Martins da Rosa, 53 anos, desaparecido desde agosto do ano passado foi encontrada no início da tarde, desta sexta-feira (3), após escavações no quintal da residência da vítima, na Rua Astúrio Luiz Braga, quadra 21, lote 27, no Portal Caiobá II, em Campo Grande. Os restos mortais da vítima foram encontrados em uma das três fossas existentes na casa.
A Polícia foi acionada pela família de Edson, que recebeu a informação de que o familiar estaria em uma das fossas. A filha de Edson teria sido abordada por um desconhecido em um terminal de ônibus, que teria falado para ela procurar o pai na fossa do quintal.
As escavações iniciaram pela manhã, mas o achado só foi possível depois que a polícia conseguiu um equipamento chamado Bobcat. Participaram das buscas, equipes da 6ª DP, da DEH (Delegacia de Homicídios), Corpo de Bombeiros e empresa responsável pelo equipamento. A Perícia e do Imol já foram acionadas.
O Delegado Valmir Moura Fé, da 6ª DP, disse à reportagem que alguns ossos foram encontrados e que as escavações devem continuar até achar o restante. Roupas encontradas, dentro e fora da fossa, foram reconhecidas pela ex-mulher de Edson. “A ex-mulher reconheceu um sapatenis e um cinto que Edson costumava usar”, disse.
Causas da morte
As causas da morte ainda não foram confirmadas, mas pelas características no local do crime ele teria sido esfaqueado, incendiado, esquartejado e depois jogado na fossa, segundo o delegado. “A Polícia já tem a identificação do suposto autor do crime, que já teria morado com Edson. O suspeito também tem um histórico violento e agrediu a vítima diversas vezes, disse o delegado.
O caso será encaminhado a DEH que seguirá com as investigações. A ossada será comparada ao DNA da filha de Edson.
Série de agressões
Um morador, que preferiu não se identificar, relatou ao Jornal Midiamax, que Edson era bastante conhecido no bairro e que quando desapareceu todos perceberam. Além do envolvimento com drogas, Edson costumava beber com um grupo de pessoas próximo a um mercado do bairro.
O problema é que ele sempre era espancado por um morador da região, que também é o suspeito do homicídio.
Um dos ataques teria rendido três dias de internação a Edson. Segundo testemunhas, o suspeito teria ido morar com Edson, logo após alta hospitalar.
Ainda de acordo com o morador, a última agressão, antes do sumiço em agosto de 2016, contou até com a participação da esposa do suspeito. Logo depois disso, o casal chegou a morar na casa de Edson por dois meses.
(Matéria editada às 15h13 para inclusão de informações)
Confira vídeo: