Femincídio aconteceu em abril de 2016

Michel leite Carvalho, 31, um pintor que assassinou a esposa a facadas em abril de 2016 vai a júri popular na sexta-feira (10). No dia do feminicídio, Juliana da Silva Fernandes, que tinha apenas 26 anos, estava na frente da casa em que morava com a irmã, o cunhado, os dois sobrinhos e os três filhos, no Jardim das Hortências, em Campo Grande. A família estava comemorando um aniversário, e quando todos entraram em casa, Michel surpreendeu Juliana em frente a casa, e desferiu vários golpes de faca contra a ex-companheira.

“O ex-marido dela ficou observando, esperou eu e meu marido entrarmos em casa e aí a esfaqueou duas vezes”, lembrou a irmã da jovem, Ana Paula da Silva Fernandes, de 20 anos, à época. Juliana foi casada com ele ainda muito jovem, em um relacionamento que durou 8 anos, conforme explicou a família à época. Ainda assim, eles já estavam separados há cerca de 6 anos.

O MPE (Ministério Público Estadual) acusou o pintor por homicídio qualificado – feminicídio -, por motivo torpe de sua conduta, agindo de forma que dificultou a defesa de Julianam. A peça foi apresentada pela promotora Livia Carla Guadanhim Bariani.

“Neste mês de março, em que se comemora o dia Internacional da Mulher, por todas as conquistas alcançadas aos longos das décadas, muitas delas, ainda, são vítimas de agressões físicas e psicológicas, outras, perdem a própria vida, como foi o caso de Juliana da Silva Fernandes, de 26 anos, morta em abril de 2016, com várias facadas pelo corpo, pelo ex-marido Michel leite Carvalho, de 31 anos”, afirmou o MPE.