Investigações não encontraram provas de envolvimento no crime

A Justiça do Paraguai decidiu enviar para o Brasil Jackson Peixoto Rodrigues e Marcos da Silva Oliveira, presos por suspeita de terem assassinado um casal de brasileiros em Assunção no dia 2 de janeiro. Apontados como membros de uma perigosa facção criminosa originada no Rio Grande do Sul, eles têm extensa ficha criminal por homicídios, tráfico de drogas e armas.

De acordo com o ABC Color, maior jornal paraguaio, o juiz Julián López decidiu expulsar os dois por violar a lei de imigração do Paraguai, já que haviam ingressado no país vizinho ilegalmente, com documentos falsos. A transferência para território brasileiro deverá acontecer na manhã desta quinta-feira (2).

A publicação informou ainda que o Código de Processo Penal do Paraguai prevê que em caso de os acusados terem condenações por crimes mais graves em seus países de origem, a Justiça está habilitada a extraditá-los.

Embora eles tenham sido presos – junto a outros dois homens – no dia 12 de janeiro com armas e documentos falsos em Pedro Juan Caballero, as investigações não encontraram elementos que os vinculassem à violenta execução de Paulo Jacques, 41 anos, e Millena Soares, 26 anos, no bairro da República, nos arredores da Universidade Católica de Assunção.

Na época das prisões, as autoridades paraguaias chegaram a afirmar que Jackson Peixoto Rodrigues e Marcos da Silva Oliveira integravam uma facção criminosa brasileira disposta a atuar na fronteira no controle do tráfico de drogas e armas.

Conforme o site Zero Hora, Jackson Peixoto Rodrigues, o “Nego Jackson”, site Zero Hora, é investigado por 11 crimes no Rio Grande do Sul, entre eles 9 homicídios. Já Marcos da Silva, segundo o ABC Color, também tem contra si acusações de assassinatos no Brasil.