Dizem que não sabiam do caso
Procurado pela reportagem do Jornal Midiamax, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), seccional de Mato Grosso do Sul, afirmou que irá acompanhar as investigações da denúncia de um esquema de narcotráfico que funcionaria no Presídio de Segurança Máxima.
Christopher Pinho Ferro Scapinelli declarou que ficou surpreso ao ver a matéria publicada pelo Midiamax através de uma denúncia. “Ninguém nunca reportou isso pra gente. Familiares de presos e os próprios detentos já fizeram reclamações sobre outros pontos do presídio, mas nunca comentaram nada relacionado à cantina”, afirmou.
Segundo Christopher, o MPE (Ministério Público Estadual) já estaria investigando a denúncia, mas a informação não é oficial. “Vamos entrar em contato com o MP e, se houver investigação, vamos auxiliar”, disse o presidente da comissão. Ainda de acordo com ele, tudo será repassado ao presidente da OAB em MS, Mansour Elias Karmouche.
Entenda
A denúncia enviada ao Midiamax foi publicada na quinta-feira (2) e trata de um esquema de narcotráfico e corrupção envolvendo presos e a direção do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho. O suposto esquema é apurado pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).
Conforme a matéria publicada, o denunciante afirma que a droga entra no presídio e é revendida pela cantina. O entorpecente entraria por meio dos produtos e seria vendida por presos que comandariam a cantina do estabelecimento penal. O lucro seria tanto para os próprios internos quando para a direção.
A Agepen informou por meio de nota que todos os produtos são vistoriados antes de entrarem no presídio e também que há vistoria regular na cantina. Por fim, segundo a nota, “Toda e qualquer denúncia, como a apresentada pela reportagem, é apurada pela Corregedoria da Instituição e, caso existam culpados, serão punidos nos rigores da lei”.