Assassino também deu um tiro na cabeça, mas escapou

Morreu na madrugada desta terça-feira (25) a recepcionista Pâmela Jennifer, de 32 anos, ferida a tiros pelo ex-marido, de 33 anos, no dia 23 de março, na Avenida Macarenhas de Moraes, no seu local de trabalho.

Ela estava internada há 32 dias no hospital Santa Casa da Capital e morreu por volta da 1 hora da madrugada desta terça-feira (25) suspeita de uma parada cardiorrespiratória. Ela estava em coma depois de ser ferida na nuca por um tiro disparado pelo ex-marido.

No dia 17 de março, a recepcionista tinha deixado o CTI (Centro de Terapia Intensiva) do hospital, os sedativos tinham sido retirados, mas Pâmela não tinha acordado. O tiro que atingiu sua nuca passou pela primeira e segunda vértebra de sua coluna.

Logo após ferir a mulher, o autor dos disparos tentou o suicídio atirando contra o queixo, sendo internado no mesmo hospital da vítima. Após 13 dias internado e uma operação, ele deixou o hospital escoltado sendo levado para prestar depoimento na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Piratininga. No mesmo dia, após depoimento, o suspeito foi levado para o Presídio de Segurança Máxima.

Relembre o caso

Na tarde do dia 23 de março, o ex-marido procurou a vítima em seu local de trabalho, na Avenida Mascarenhas de Moraes. Ela chegou a tentar se esconder do homem que, armado, atirou contra a vítima e depois tentou suicídio.

Equipes do Batalhão de Choque, Força Tática da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros estiveram no local. A mulher e o agressor foram levados para a Santa Casa e a tentativa de feminicídio foi registrada e é investigada pela Deam (Delegacia de Atendimento a Mulher).

A mulher já tinha registrado sete boletins de ocorrência contra o agressor por violência doméstica. O último caso foi denunciado à polícia na manhã do mesmo dia, por ameaça e também por ele descumprir a medida protetiva que a vítima tinha. O ex-marido era agressivo, violento e não queria aceitar o fim do casamento, segundo informações da vítima feitas no último boletim de ocorrência.

7 boletins de ocorrência contra o ex

A vítima e o agressor foram casados por 11 anos e deste relacionamento tiveram uma filha, hoje com 5 anos. Conforme declaração da mulher à polícia feita na manhã do dia do crime, duas horas antes de sofrer a tentativa de feminicídio, o ex-marido era agressivo, violento e não queria aceitar o fim do casamento.

De acordo com o relato feito na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), ela já havia registrado outros seis boletins de ocorrência contra o ex-marido, em 2009, 2012, 2014, 2015, 2016 e 2017. Mesmo com medidas protetivas de urgência contra o agressor, ele não parou de procurá-la.