Desvio de recursos estimado é de R$ 1 milhão

A operação deflagrada pela Polícia Federal, na cidade de Paranhos distante 477 quilômetros de Campo Grande, ‘Toque de Midas’ apreendeu documentos, celulares e HD de computadores na prefeitura da cidade e em mercados e padarias, alvos da operação.

De acordo com o delegado da Polícia Federal Glauber Fonseca de Carvalho Araújo, dos oito mandados cumpridos, dois foram na cidade de Ponta Porã que teriam empresas licitantes vencedoras, que forneciam mercadorias para a merenda escolar para a prefeitura de Paranhos.

Os outros mandados foram cumpridos em mercados e padarias da cidade e documentos foram apreendidos na prefeitura. Segundo o delegado, dois procedimentos licitatórios originais foram apreendidos pelos agentes, “Já tínhamos as cópias, mas precisávamos destes documentos na sua forma original”, explicou.

Em relação ao mandado de condução coercitiva o delegado não entrou em detalhes.  A operação contou com 50 policiais federais e servidores da CGU (Controladoria Geral da União), que cumpriram oito mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva, além do sequestro nas consta bancárias de três empresas, no valor de R$ 400 mil.

A operação

Durante as investigações foram descobertos a montagem e manipulação de documentos em certames públicos, além da prática de sobre preço. A organização criminosa utilizava documentos e assinaturas falsas com a manipulação em procedimentos licitatórios.

De acordo com informações, o prejuízo pode chegar a R$ 1 milhão com aquisições de recursos do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e a contrapartida municipal. Os mandados foram expedidos pela Justiça estadual e federal de Mato Grosso do Sul.

O nome

A Operação foi batizada de Toque de Midas, por se tratar de uma expressão oriunda de um mito grego a qual expressa que o enriquecimento fácil pode se voltar contra o beneficiado, como castigo por sua ganância.