Narcotraficante brasileiro está preso em Assunção

Preso no Paraguai desde 2009 após ser condenado por lavagem de dinheiro, o narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, de 48 anos, deverá ser visitado por médicos na cadeia. A determinação é da juíza Ana María Llanes, que pede um parecer técnico para decidir se aceita o pedido feito pela defesa do preso para transferi-lo a uma clínica médica, sob o risco de morte.

Principal jornal do país vizinho, o ABC Color informou que os médicos irão até a Agrupação Especializada, em Assunção, para confirmar a informação já atestada por uma junta médica de que Pavão sofre de apneia do sono e isquemia cerebral, problemas de saúde que lhe trariam risco iminente de morte.

Somente após esse parecer a magistrada deverá decidir se autoriza a transferência do narcotraficante para uma clínica médica indicada anteriormente por seus advogados. Recentemente o ABC Color notificou que se isso acontecer, deverá mobilizar a escolta da Força de Operações Policiais Especiais do Paraguai, FOPE, algo equivalente ao BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) no Brasil.

Preso no Paraguai desde 2009, Pavão está prestes a concluir o cumprimento da pena de 8 anos a qual foi condenado por lavagem de dinheiro no país vizinho. No entanto, no Brasil pesa contra ele uma condenação a 17 anos de prisão por tráfico de drogas. Enquanto isso sua defesa tenta a liberdade condicional em território brasileiro, por considerar que o tempo de reclusão no país vizinho corresponde a mais de um terço da pena estipulada no Brasil.

Ele está preso na Agrupação Especializada, em Assunção, desde dezembro de 2016, depois que autoridades decidiram transferi-lo por temer uma fuga. Na ocasião, descobriram uma estrutura luxuosa montada para detento no Presídio de Tacumbú.

Em setembro de 2016, o senador paraguaio Robert Acevedo afirmou que Jorge Rafaat Toumani, narcotraficante brasileiro conhecido como “Rei da Fronteira”, foi executado brutalmente com tiros de metralhadora antiaérea calibre ponto 50 no dia 15 de junho daquele ano porque atuava nos bastidores da Justiça do Paraguai para extraditar Pavão ao Brasil, meio de eliminar uma suposta concorrência pelo controle do narcotráfico na fronteira.

A defesa de Pavão nega as acusações de envolvimento com a morte de Rafaat e tráfico de drogas e armas.