Jovens que mataram manicure por ciúmes são condenadas a 16 e 14 anos de prisão

Crime foi em janeiro de 2016

Arquivo – 30/03/2017 – 02:15

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Crime foi em janeiro de 2016

Gabriela Nunes Santos, de 21 anos, foi condenada a 16 anos e Emilly Karoliny Leite, 20, a 14 anos e 6 meses anos de prisão pelo assassinato da manicure Jennifer Nayara Guilhermete de Moraes, de 22 anos, ocorrido em janeiro do ano passado.

As duas foram inocentadas do crime de corrupção de menores, já que uma adolescente, na época com 17 anos, também estava no local do crime.

Após a sentença, a mãe de Gabriela teve que ser consolada por familiares. A acusada chorou durante seu depoimento e disse que só acertou a manicure com um tiro depois que ela ‘virou o rosto’ durante o disparo do revólver, que ela tinha levado para se defender das ameaças de morte de Jennifer pelo telefone.

Segundo Gabriela, elas teriam estudado juntas e trabalhado em um salão de cabeleireiro por alguns meses. A ré ainda afirmou que não teria sido sua ideia de levar a manicure para a cachoeira do Inferninho, e que a decisão foi tomada no meio do caminho. Gabriela disse que em 2010, sua mãe teria flagrado a manicure aos beijos com seu marido no banheiro da residência.

No dia do crime, a acusada falou que teria ligado para a manicure após flagrar uma troca de mensagens entre o marido dela e a vítima, que teriam combinado de ir a um motel. Ao ligar para Jennifer e ameaçar contar para todo mundo sobre a traição, a vítima teria pedido para que ela passasse na casa da cliente que estava atendendo para conversarem.

Depois de buscar a manicure, elas seguiram para a cachoeira, onde Jennifer foi assassinada com a tiros e jogada do local. Ainda de acordo com as acusadas no dia do crime Jennifer não teria demonstrado medo.

A mãe de Jennifer foi ouvida pelo júri e disse que conhecia Gabriela há pelos menos cinco anos, mas que não conhecia Emily. No dia do assassinato, estranhou a demora da filha para voltar para casa. Segundo ela ficou sabendo da morte de Jennifer no dia seguinte quando estava na delegacia de polícia atrás de informações da filha.

Crime

A manicure Jeniffer Nayara foi encontrada morta com dois tiros na cachoeira do Inferninho, em Campo Grande, no fim da tarde do dia 16 de janeiro de 2016. Segundo a mãe, ela estava desaparecida desde o da anterior, quando saiu para fazer as unhas de uma cliente e resolver um desentendimento.

Na tarde do dia 16, dia do homicídio, Gabriela relatou que passou no lava-jato do marido e pegou o Chevrolet Sonic de um cliente para ir até a academia, mas no caminho mudou de ideia e junto com a prima, uma adolescente de 17 anos, foi até a casa da Emilly para buscar uma máquina de cortar cabelo.

Segundo a jovem, foi aí que a amiga descobriu o caso e se propôs a ajudar na vingança, que seria raspar a cabeça da manicure. As duas suspeitas já haviam feito a mesma coisa com outra jovem, com quem o marido de Gabriela já havia se envolvido.

Elas buscaram a manicure e a levaram para a cachoeira do Inferninho, quando Jennyfer riu e ameaçou. “Você vai raspar minha cabeça? Cabelo cresce, mas você tá cavando sua cova”, falou a vítima se referindo ao marido, que conforme a jovem, se vingaria caso algo acontecesse à mulher.

Foi neste momento que Gabriela foi até o carro, pegou um revólver calibre 38 e ameaçou a vítima. Segundo Emily, a amiga deu dois tiros de advertência, pedindo para que a manicure se desculpasse, mas em vez disso ouviu a confirmação da traição e ainda provocações. “A Gabriela deu um tiro para o lado, a Jennyfer riu e falou ‘corna mãe, corna filha’. Então a Gabriela deu um tiro na cabeça dela”, descreveu Emily.

Depois do crime, as envolvidas afirmaram que a autora soltou a arma e correu para o carro, sem ver o que aconteceu com o corpo da manicure. Antes de sair do local, o trio ficou cerca de meia hora dentro do carro esperando a Gabriela se acalmar.

O revólver usado no crime, segundo a jovem, foi comprado pelo marido em outubro de 2015. O motivo, segundo ela, foi ameaças da família da travesti Adriana Penosa, cujo nome de batismo é Thiago da Silva Martins, assassinada por Alisson no dia 22 de março do ano passado.

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