Passagens foram compradas mas casal esta detido para explicar sumiço de criança.

Elaine Francisca Costa e Valgremir Santana Vieira que estavam morando desde o dia 24 de maio em um barraco de lona em frente da Feira Livre de na Vila Adelina foram levados à delegacia de Polícia Civil para explicar o possível desaparecimento de uma criança de um ano e oito meses.

A história do casal de andarilhos foi contada pelo Midiamax no dia 28 de maio e ganhou, nesta quarta-feira (21), contornos policiais depois que assistentes sociais da Prefeitura foram até o barraco resolver o caso.

O casal ao conversar com a assistente social e com os guardas municipais entrou em contradição. Além de estar grávida de gêmeos, Elaine disse que tem uma criança de um ano e oitos meses que não foi encontrada no barraco.

Ela disse que a criança estava na casa da Dona Maria e logo depois disse que tinha sido levada pela madrinha. Acontece que a suposta criança não apareceu.

Por causa disso as passagens que a assistente social havia conseguido para encaminhar o casal de volta a Campo Grande ainda não foram marcadas já que tanto Elaine quanto Valgremir estão detidos até resolver a questão da “criança desaparecida”. O Conselho Tutelar esta cuidando do caso.

No dia 28 de maio, conforme narrado na época pelo Midiamax, Elaine Francisca Costa acordou na manhã com as vozes dos homens da Guarda Municipal. Grávida de gêmeos, aos 24 anos, estava quatro dias morando com o marido Valgremir Santana Vieira em um barraco de lona em frente à Feira Livre de Dourados na Vila Adelina.

Os moradores da região, sentindo-se incomodados com a presença do casal que instalou há quatro dias a “casa” em um terreno abandonado, chamaram a Guarda Municipal sob a alegação que eles estariam perturbando por que estão sempre bêbados.

Como não estavam cometendo nenhum tipo de crime foram orientados pela Guarda para deixar o local e procurar ajuda da Assistência Social da Prefeitura.

Na época o casal afirmou que pretendia ficar mais uma semana no local até conseguir dinheiro para comprar passagem para seguir até a cidade paranaense de Maringá, onde mora a mãe de Elaine. Acontece que os dois estavam ate a manhã de hoje morando no mesmo local em péssimas condições.

Para chegar em Dourados Elaine e Valgremir “moraram” na BR 163. Saíram de Campo Grande e neste período empurrando carrinhos de supermercado, passaram por Anhandui, Nova Alvorada do Sul, Aroeira, Rio Brilhante e outros pequenos lugarejos até chegar a Dourados. Valgremir é de Campo Grande onde conheceu quem considera o amor de sua vida.

Elaine é de Maringá e seu sonho é voltar a morar perto da mãe que já cuida de sua filha de seis anos de idade. “Quero dar um casa de verdade para os meus gêmeos que logo vão nascer”, disse a mulher que a exemplo do marido fuma bastante e vive sempre sob o efeito de bebidas alcoólicas.

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HOJE

Na manha desta quarta-feira profissionais da Secretaria Municipal de Assistência Social foram até o casal para oferecer ajuda. Também participaram da visita assistentes sociais do Centro de Referência para População em Situação de Rua (Centro Pop) que convenceram o casal em voltar para Campo Grande onde mora a mãe de Valgremir.

A assistente social, Odelcina Pedroso, do Centro Pop afirmou que todas as medidas necessárias para encaminhar o casal até Campo Grande foram providenciadas pelo Centro Pop com a compra de passagens.

O casal só será liberado para seguir viagem para Campo Grande depois de explicar o caso da criança que seria filha de Elaine. O barraco onde o casal morava está abandonado e no local ficou muita sujeira.