O grupo vende livros que chegam a R$ 1,7 mil

Uma quadrilha de estelionatários presa em 2014 em estaria tentando fazer novas vítimas na cidade. Eles vendem livros no valor de R$ 1,7 mil, se passando por ex-usuários de drogas atendidos em uma instituição de Teresina e dizem que a venda do material é para bancar os estudos, mas a história pode não passar de uma farsa.   

A tentativa mais recente aconteceu nessa quarta-feira (4), quando dois dos integrantes tentaram empurrar os livros a preços exorbitantes, em nome da ‘caridade',  um morador da Capital, que preferiu não ser identificado. Ele conta que desconfiou da história e não contribui com os supostos golpistas, mas alertou sobre a situação. 

Conforme relato do jovem, o modo de operação permanece semelhante ao da época em foram presos na cidade, há 3 anos: O grupo se apresentam na porta das casas dos moradores, abordam com pranchetas, perguntando se poderiam responder um questionário, uma prévia para identificar o perfil das vítimas, para depois tentar concluir o golpe. 

A história que agora é contada na Capital vai além, os suspeitos dizem que um empresário de Teresina, que perdeu uma filha para as drogas, passou a  ajudar ex-usuários de entorpecentes com o pagamento de metade das mensalidades da faculdade. O restante, segundo eles, é pago com a venda dos livros e ainda oferecem formas de “contribuição”. 

O valor da venda de R$ 1,7 mil e R$ 1,3 mil que pode ser dividido em até seis vezes. “Dizem que o maior valor vai ajudar os dois e o menos só ajuda um”, detalhou o  campo-grandense. O material oferecido é o ‘Saúde Natural', mesmo modelo utilizado no golpe do passado, e que em lojas virtuais pode ser encontrado a R$ 65. E quem não pudesse comprar o livro, eles pedem apenas uma contribuição, e provocam: “Vão receber o convite da nossa formatura”.

 Caso semelhante aconteceu em julho de 2014, e o alerta para esses crimes é do delegado de Polícia Civil Reginaldo Salomão, titular da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), que recomenda pesquisar sobre as instituições antes de efetuar qualquer doação ou compra e em caso de suspeitas acionar a Polícia Militar. “99% dessas entidades tem página nas redes sociais, tem trabalhos de divulgação, e na própria internet é possível fazer uma pesquisa rápida sobre a idoneidade dessas associações”, orienta.