Envolvido responde por receptação e favorecimento pessoal

O juiz Wilson Leite Corrêa da 4ª Vara Criminal revogou a prisão preventiva de Alberto Nunes Mangelo, de 21 anos, filho do caseiro Rivelino Mangelo, 45 anos, assassino confesso do ex-vereador Cristóvão Silveira, 65 anos, e sua esposa Fátima de Jesus Silveira, 56 anos. O jovem foi indiciado por receptação e favorecimento pessoal e deve responder em liberdade.

O alvará de soltura foi expedido pelo magistrado no último dia 29 de agosto e Alberto liberado do Instituto Penal de no dia seguinte.

O juiz levou em consideração que o capataz não tinha passagem pela polícia e que os crimes não oferecem violência ou ameaça.

Ganha liberdade filho de caseiro que matou ex-vereador e esposa

O crime

Cristovão Silveira e a esposa Fátima Silveira foram assassinados no dia 18 de julho, quando chegaram a chácara por volta das 15 horas. Cristóvão teria sido atraído até o galpão e no local foi cercado pelos três suspeitos.

A vítima, que recebeu um primeiro golpe na nuca teve o dedo decepado ao tentar se defender das facadas. As mãos de Cristóvão estavam bastante machucadas e um golpe na altura do pescoço chegou a quebrar sua coluna.

Ao ver que o marido estava sendo atacado pelo trio, Fátima tentou ajuda-lo com um cabo de vassoura, mas caiu no chão e foi atacada com dois golpes de facão por Rivelino. O caseiro negou que tenha tinha tido relação sexual com Fátima e disse que tirou as roupas dela e passou as mãos em suas partes íntimas.

Após as mortes, o caseiro, foi preso quando recebia alta do hospital Santa Casa, após ser atendido por causa de um corte profundo no pé. Ele foi socorrido depois que a dona de um bar, que fica a 800 metros da chácara, acionou o socorro. Segundo ela, Rivelino chegou a dizer que sete homens invadiram o local para roubar. Mas, após ser levado para depoimento acabou confessando a autoria dos assassinatos.

Assim que mataram o casal, Rogério e Diogo fugiram com a caminhonete até Anastácio e, então, até uma chácara localizada a 30 km de Aquidauana, onde estava Alberto Rivelino, 21 anos, também filho do caseiro e que teria ficado com uma TV roubada do casal.

Alberto confessou à polícia, que o primo e o irmão chegaram ao local na caminhonete roubada com as roupas ensanguentadas e teriam queimado as peças. Diogo então seguiu com um outro comparsa, já que o mesmo não sabia dirigir, para a Bolívia. Ele acabou morto em uma troca de tiros com a polícia durante sua fuga, no município a 444 quilômetros de Campo Grande