O crime aconteceu em abril de 2016

Michel Leite de Carvalho, preso pelo homicídio da ex-mulher Juliana da Silva Fernandes, de 24 anos, é julgado na manhã desta sexta-feira (10) pelo crime. Ele foi preso na época depois de todas as provas o apontarem como autor do feminicídio da esposa. Para ele, o fato de a ex-mulher terminar o relacionamento foi o suficiente para matá-la.

Aguardando o julgamento preso, Michel permaneceu calado e preferiu por não ser interrogado, além de deixar a sala durante o depoimento das testemunhas. Foi confirmado pela polícia e pela Justiça que ele matou a Juliana a facadas e chegou a dizer em outros depoimentos que cometeu o crime por ciúmes.

Para Michel, não aceitar a separação do casal e ver que a ex começava outro relacionamento o fez sentir no direito de persegui-la. No dia do crime, ele ligou várias vezes para a vítima e para a cunhada, fazendo ameaças de morte, até que na madrugada do dia 22 de abril de 2016 ele a esfaqueou. A vítima foi levada ao hospital, onde morreu 19 horas depois.

A irmã de Juliana, com quem ela morava na região do Aero Rancho, hoje cuida dos três sobrinhos de 5, 6 e 10 anos, além dos três filhos que tem. Ela disse ao júri que no dia do crime estava em casa, na sala, quando ouviu os gritos da irmã. Juliana entrou na casa e caiu na sala, pedindo para a irmã que cuidasse dos filhos dela.

Ainda antes de ser levada ao hospital, ela revelou que o ex-marido foi o autor do crime. A ex-cunhada de Michel disse que ele passou o dia ligando para ela e para a vítima, fazendo ameaças de morte e afirmando que não deixaria a ex ficar com outra pessoa.

Depois de cometer o crime, Michel permaneceu escondido por algum tempo na casa de Domingos, apontado como coautor do crime, com quem ele tinha um relacionamento homoafetivo. Depois, fugiu para Terenos, onde foi localizado pela polícia e preso.

Por atuar com coautor, ajudar a esconder o criminoso e auxiliar na fuga, Domingos recebeu uma pena alternativa, conforme declaração do judiciário. Participam do julgamento o juiz Aluízio Pereira dos Santos, o promotor Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos e o defensor público Rafael Duque de Freitas.