Em abril, um peão do local foi denunciado pelo MPF

​Duas pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas durante Operação Firme da Polícia Civil de Jardim e PRF (Polícia Rodoviária Federal), nesta segunda e terça-feira (12). Uma das prisões ocorreu na Fazenda Pranchada, em Porto Murtinho, a 454 km da Capital, local famoso por ter sido palco de esquema de tráfico de cocaína e armas pesadas no ano passado.

O primeiro a ser preso foi Adailson Silva Rodrigues, conhecido por “Tatuador”. O suspeito contratou uma corrida de táxi de Jardim a até a Fazenda Pranchada, em Porto Murtinho, onde pegou 5.6 kg de cocaína e no retornou para a cidade de Jardim.

Durante trajeto de volta foi abordado na BR-267 por policiais da PRF, que localizaram a cocaína e prenderam o condutor.

Com a prisão de “Tatuador”, a polícia montou a Operação Firme e duas equipes da PRF, uma por terra e outra de helicóptero, seguiram até a Fazenda Pranchada.

No local abordaram João Carlos Scardim Alves. O suspeito que estava em posse de uma carabina puma calibre .38, confessou e desenterrou 21,6 kg de cocaína. A equipe escoltou o João até a cidade de helicóptero.

Fazenda famosa

A fazenda já foi palco de um esquema muito alto de tráfico de cocaína. No ano passado uma aeronave recheada de armas e cocaína caiu na propriedade. Outros traficantes chegaram a resgatar o piloto, que quebrou a perna, em outro avião. A aeronave se chocou contra uma cerca por falta de espaço.

Na época foram encontrados carregadores de arma pesada e os destroços do avião, que foram levados para Porto Murtinho para ser periciados.

Dupla é presa com cocaína em fazenda 'famosa' no narcotráfico

um peão da fazenda foi denunciado pelo MPF

Segundo a denúncia, o peão identificado como Teodoro Caceres escondia na Fazenda Pranchada 400 kg de pasta base de cocaína, 10 kg de cocaína, 48 carregadores de fuzil, 1.032 munições de calibre 7,62 mm e uma luneta com mira laser, todos provindos da Bolívia. Também foram apreendidos R$ 5 mil, em espécie.

O MPF denunciou Teodoro Caceres com base nas leis nº 11.343/06 e 10.826/03. Se condenado, ele poderá cumprir pena de reclusão de 11 a 37 anos. Atualmente, Teodoro Caceres está em liberdade. A Justiça Federal ainda não apreciou a denúncia do MPF.