Policial presta depoimento nesta tarde

O policial militar que matou o adolescente Luiz Júnior, de 17 anos, depois de festa realizada na Chácara da República, na Rua da Divisão, no Jardim Monte Alegre, presta depoimento ao delegado João Reis Belo, na 5ª delegacia de polícia na tarde desta segunda-feira (12). O advogado dele, Amilton Ferreira de Almeida, disse que orientou o cliente a não se apresentar no dia do crime.

Amilton declarou que o policial o procurou logo após o assassinato e que manifestou a vontade de prestar esclarecimentos imediatamente. O advogado, no entanto, orientou que ele ‘agendasse o depoimento’, para que não corresse o risco de encontrar a família do adolescente. Nesta tarde, o PM também entregou a arma do crime.

A defesa acredita que ele irá responder ao crime em liberdade. Além do autor, a dona do estabelecimento onde o policiais estava, também prestou depoimento. O policial nega trabalhar no local e afirmou, segundo o advogado, que estava na boate em um momento de lazer.

“Quando ouviu os disparos foi ver o que estava acontecendo. No que chegou, dois rapazes começaram a atirar contra ele, aí ele se escondeu atrás de um carro e atirou pra se defender”, explicou Amilto.

Entenda

‘Disse para ele não se apresentar no dia’, diz advogado de PM que matou adolescente

Uma testemunha de 17 anos disse à polícia que os participantes da festividade passaram a correr em direção à saída, momento em que o policial fez o segundo disparo, desta vez em direção ao público.

Luiz foi atingido no pescoço e morreu na esquina das ruas da Divisão com Eva Peron. O projétil foi localizado embaixo do corpo. O portão do Clube já estava fechado e com a luz apagada quando a Polícia Civil chegou e nenhum proprietário foi encontrado. O corpo estava ao lado de fora do estabelecimento.

E ainda não há informações de câmeras de monitoramento na região. Júnior era o caçula de três irmãos e não portava documentos no momento do fato, o reconhecimento foi feito pela irmã. Abalada e com a saúde debilitada, a mãe da vítima passa por hemodiálise há cinco anos e prefere manter silêncio. O fato será investigado como homicídio simples.