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Polícia

Desde 2012, falsa advogada usava ‘índios fantasmas’ para aplicar golpes em MS

Prejuízo soma mais de R$ 600 mil  
Arquivo -

Prejuízo soma mais de R$ 600 mil  

A falsa advogada presa na Operação Raposa Kaiowá, na manhã desta quarta-feira (14), usava ‘índios fantasmas’ para conseguir benefícios do e empréstimos consignados em toda região de , a 313 quilômetros de Campo Grande. A estelionatária agia desde 2012 e causou um prejuízo de mais de R$ 600 mil aos cofres públicos.

Segundo o delegado responsável pela ação, Felipe Menezes, da Delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã, as equipes cumpriram mandado de busca e apreensão no escritório e na casa da estelionatária e também cumpriram o mandado de prisão preventiva em seu nome, que não foi divulgado. 

Inúmeros documentos originais foram apreendidos na casa da suspeita, o que confirmou a polícia que ela era a mentora do crime. As investigações apontaram que a mulher aliciava índios de várias aldeias da região, mas usava nomes falsos para eles e forçava a ‘fabricação’ de novos documentos para as fraudes.

Todo o esquema começava com a falsificação de documentos da Funai. A partir daí a estelionatária levava o índio até o cartório para fazer um registro civil. Com isso, documentos originais eram produzidos com nomes falsos e assim ela conseguia dar entrada nos benefícios do INSS e em empréstimos consignados.

Os documentos ficavam com a falsa advogada, assim, as vítimas só podiam ter acesso ao dinheiro com ajuda dela. Segundo o delegado, quando os documentos ficavam prontos, a estelionatária entrava com o pedido de aposentadoria e também, em alguns casos, de pensão por morte.Desde 2012, falsa advogada usava ‘índios fantasmas' para aplicar golpes em MS

Com os direitos garantidos, ela usava os índios para conseguir empréstimos consignados com facilidade. Parte do dinheiro era entregue aos ‘beneficiários’ a outra era embolsada pela falsa advogada. Os primeiros registros dos crimes encontrados pela Polícia Federal durante as investigações foram em 2012, na época apenas com empréstimos.

Com o tempo, conforme Menezes, a estelionatária ‘evoluiu e passou a agir na previdência’. A registros do golpe em vários municípios de Mato Grosso do Sul.

Com acesso aos documentos originais apreendidos no escritório da mulher, a polícia espera identificar novas fraudes e ‘mapiar’ a ação da suspeita. A PF ainda investiga o envolvimento de índios no crime. “São muitas vítimas, mas algumas indígenas atuavam como aliciadores”.

A suspeita ainda não foi ouvida e a PF acredita que ela sobrevivia dos golpes que aplicava. Nenhum documento, verdadeiro ou falso, que comprovasse a formação em advocacia da mulher foi encontrado, mas os policiais apreenderam uma tabela de honorários da OAB que segundo relatos, sempre estava com a falsa advogada.

A operação

A operação foi denominada Raposa Kaiowá, em alusão “à característica traiçoeira e oportunista das raposas na captura de suas vítimas, a qual se assemelha à astúcia utilizada pela falsa advogada no trato com indígenas”. O nome ainda remete à Operação Coiote Kaiowá, deflagrada em 2015, no município de .

A operação foi realizada pela Delegacia da PF de Ponta Porã, em conjunto com a Coinp (Coordenação de Inteligência Previdenciária do Ministério da Fazenda) e com o MPF (Ministério Público Federal). 

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