Policia já tem os nomes dos agressores e família quer justiça.
A cozinheira Mariana Benites de Oliveira faleceu na noite desta quinta-feira, aos 27 anos de idade, depois de ficar três dias internada em estado gravíssimo no Hospital da Vida, em Dourados.
Ela deixou cinco filhos menores de 2, 4, 7 e 13 anos de idade, além de um bebê de apenas dois meses que está internada no Lar da Criança Santa Rita porque nasceu prematuro e precisava ganhar peso.
Mariana foi brutalmente espancada no final da tarde de domingo, dia 11, na Vila Mariana por uma gangue formada por um homem e três mulheres.
A cozinheira chegou à casa da irmã Romilda de Oliveira, de 30 anos por volta das 21h toda ensanguentada afirmando que tinha sido espancada e esfaqueada além de ter sido roubada em R$ 60,00.
Romilda disse que a irmã antes de ser socorrida ao pronto socorro falou os nomes de seus agressores. O fato ocorreu na Rua D-11 na Vila Mariana, mesmo bairro onde morava a vítima e seus familiares que apesar de serem da etnia Caiuá nunca moraram em aldeias indígenas.
Mariana foi agredida com pauladas, pedradas e chutes além de ter sido atingida por uma facada no pescoço. O caso foi registrado no primeiro distrito policial como latrocínio ou feminicídio. Os suspeitos já foram identificados pela Polícia Civil que está trabalhando para prendê-los.
O sepultamento de Mariana aconteceu na manhã deste sábado e o corpo foi velado na própria casa de seus familiares num caixão simples e sem cerimônias.
Romilda demonstrou indignação com a violência sofrida pela irmã que nos últimos dias estavam trabalhando como cozinheira numa fazenda próxima ao bairro, mas todos os dias dormia em casa e cuidava dos filhos.
A Vila Mariana está localizada na região do bairro Jóquei Clube, que congrega as vilas Valderez e São Braz consideradas como uma zona de conflito onde existem muitas gangues que controlam o tráfico de drogas e a pobreza é extrema.
Romilda afirmou que a preocupação da família é com relação aos cinco filhos deixados por Mariana. O mais velho de 13 anos já mora com o pai.
O bebê que está no abrigo deverá ser entregue para adoção enquanto os outros três de dois, quatro e sete anos de idade deverá ficar sob a guarda e proteção da avó materna.
