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Polícia

Condenado por ‘golpe do ferro’ tem apelação negada no Tribunal de Justiça

Caso foi descoberto em 2015 pela Deco
Arquivo -

Caso foi descoberto em 2015 pela

Ademir Cândido de Jesus, 63 anos, condenado pelo crime de estelionato no caso que ficou conhecido como ‘golpe do ferro’, teve a apelação negada por unanimidade pelos desembargadores da 2ª Câmara Criminal. Ele foi condenado à pena de um ano de reclusão no regime aberto, mais 10 dias-multa, que foi substituída por restritiva de direito consistente no pagamento de R$ 48.000,00, em decisão do juiz Waldir Peixoto Barbosa.

Na apelação, a defesa alegou ausência de provas. “Com isso, a acusação baseia-se em um reconhecimento que parece e em meras conjecturas, insuficientes para um decreto condenatório. Assim, é o caso de absolvição do acusado da prática dos delitos a ele imputado, diante da insuficiência de provas da autoria delitiva.Segundo afirmado, pelo apelante, de forma categórica e convincente, em seus respectivos termos de interrogatório este, negou, terminantemente, as imputações constantes da peça pórtica”, alegou o advogado.

Para o desembargador Ruy Celso Barbosa Florence, relator do processo, o inquérito policial e as peças apresentadas pelo MPE (Ministério Público Estadual) apresentaram provas suficientes, além da confissão de Ademir, realizada em juízo. A defesa também pediu redução de pena, que foi negada, pois no entendimento do desembargador o juízo de primeiro grau fixou patamar mínimo, colocando-a em um ano de reclusão mais 10 dias-multa.

“Diante disso, em que pese a tentativa defensiva, o pedido de absolvição não pode ser provido, tendo em vista que o conjunto probatório constante dos autos é robusto e coeso – contando até com a confissão realizada em juízo –, a fim de atribuir ao apelante a prática delitiva nos moldes descritos na sentença impugnada”, destacou o magistrado.

 

 

 

Entenda o caso

Presos pela Deco (Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado) em setembro de 2015, após investigação, Tiago Henrique Anísio Martins, de 31 anos e Ademir aplicaram o ‘golpe do ferro’ com dois comerciantes do Estado, falando que tinham 20 toneladas de ferro para venda. As vítimas, enganadas pela dupla, tiveram prejuízo de R$ 48 mil. O crime também teria sido aplicado feito vítimas em Tocantins, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Goiás e Distrito Federal.

A “suposta” venda da carga fechada de 20 toneladas foi negociada com dois comerciantes de ferro de e São Gabriel. O preço da carga, segundo a delegada, chega em média a R$ 100 mil e eles queriam negociar o ferro cantoneira por R$ 48 mil. Um deles iria pegar R$ 23 mil e outro R$ 25 mil.

No dia 3 de setembro, os dois estelionatários vieram à Capital e combinaram de encontrar as duas vítimas na frente de um supermercado. No local, os comerciantes encontraram um dos suspeitos, Tiago, que usava um crachá falso da DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), que os levou para uma empresa de ferro na saída para São Paulo. Um terceiro suspeito, que está foragido, se apresentou como “Lucas” e apontou para um dos caminhões que estavam no estacionamento como a ‘possível’ carga que as vítimas levariam. Ele pediu que os comerciantes fossem a um escritório da cidade “assinar a papelada” enquanto ele liberava a carga.

Os comerciantes foram a um escritório que fica perto do Horto Florestal. No local, estava Ademir, de terno e gravata, o homem se apresentou como advogado (“doutor”). Ele afirmou que estava em uma reunião e que atenderia as vítimas rapidamente. Após o pagamento em dinheiro de R$ 48 mil, as vítimas assinaram um documento, e Ademir pediu um tempo para buscar um carimbo. O homem não voltou.

Estranhando a demora e a movimentação de pessoas de branco, após cerca de 30 minutos, as vítimas perguntaram para quem estava no local o que funcionava ali. O local era um posto de saúde. Naquele momento, os comerciantes foram à Deco registrar o caso.

Após investigações, os policiais prenderam a dupla, que chegava de Goiás, na entrada da cidade. Eles tinham tentando aplicar o mesmo golpe a uma comerciante de Tocantins, e só não conseguiram porque a vítima não juntou dinheiro suficiente. A dupla confessou o crime e disse que gastou todo o dinheiro em jogos de azar. Eles ainda afirmaram que estão arrependidos pelo crime.

Segundo Medina, Ademir, que mora em , é casado e tem 5 filhos. Sua mulher está internada na Santa Casa. Tiago tem família em Fátima do Sul, a 259 quilômetros de Campo Grande. Ele tem três filhos, e segundo a delegada, depois de pegar o dinheiro das vítimas enviou R$ 800, para a família.

Para a delegada, os bandidos eram especializados neste tipo de crime, e apenas em Brasília já tinham enganado mais de cinco pessoas. Os dois têm passagem por estelionato. Tiago também tem passagem por roubo. Medina diz acreditar que com a prisão deles possam aparecer ainda mais pessoas que foram vítimas da dupla.

 

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