Rosto da vítima ficou desfigurado

A principal Praça de , a 326 quilômetros de Campo Grande, foi palco daqueles crimes difíceis de acreditar. Dentro do banheiro público da Praça Senador Ramez Tebet, localizada no centro da cidade, um jovem homossexual foi violentamente agredido e roubado na terça-feira (10).

As fotos do rosto desfigurado do rapaz, que é cabeleireiro na cidade, foram divulgadas pela presidente da Associação Três-lagoense de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais, Paula Ribeiro, nesta quinta-feira (12), e revoltaram internautas. Para o Midiamax, Paula contou detalhes do crime, para ela claramente um ataque homofóbico.

“Ele estava na praça, no centro da cidade, em um momento de lazer como qualquer outra pessoa e resolveu ir ao banheiro compartilhado e lá foi cruelmente espancado por três vândalos”, contou. Depois de ser violentamente agredido, o rapaz teve a motocicleta roubada pelos suspeitos.

O caso, para a presidente da associação, vai muito além de um roubo. Para ela, o crime deixa ainda mais evidente um problema recorrente na região, o ataque por parte de um grupo à comunidade .  “É um grupo de marginais que vetam, vetam a presença dos LBGTs na região”, lamentou.

Na terça-feira, afirma, o preconceito diário vivido pelos gays da cidade fez mais uma vítima. “Engraçado que quando vão roubar um casal eles não batem, roubam a moto e pronto. Dá para ver que ele [vítima] é gay, e bateram por isso. Eles vão bater porque é gay, você vai apanhar porque é gay. Eu não posso aceitar isso, é muito Indignação”.

“Ainda estou muito deformado …mais em casa vivo e melhorando… obrigada por todos as visitas”, escreveu  o cabeleireiro em sua página pessoal no Facebook. Vários amigos também se manifestaram em mensagens de apoio e revolta pelo crime. A indignação é ainda mais clara nos comentários da foto divulgada pela Associação Três-lagoense de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais.

Paula afirmou para a reportagem que já entrou em contado com a Secretária de Segurança da cidade, que prometeu uma providência rápida. A Polícia Civil também já investiga o caso e deve ter acesso as imagens de câmeras de segurança da região para identificar os autores.