Foi preso na última quarta-feira (4)

A caminho do estado de São Paulo, na manhã deste sábado (7), após deixar a cela da Polícia Federal na cidade de Corumbá- distante 444 quilômetros de Campo Grande- Cesari Battisti viaja de carro e deve chegar ao estado paulista ainda hoje (sábado).

Battisti deixou a cela da Polícia Federal nesta sexta-feira (6) e já passou pela Capital. Ele teve a liberdade concedida através de um Habeas Corpus impetrado no Tribunal Regional da 3ª Região, que determinou a imediata liberação de Battisti. A decisão foi encaminhada à 1ª Vara Federal, plantonista nesta sexta (6).

De acordo com a decisão que concedeu o habeas corpus a Battisti, ele não poderá sair de São Paulo sem autorização judicial, além de ter que mensalmente assinar processo para provar que está no estado paulista.

Ainda de acordo com a decisão, Battisti deve acompanhar todos os atos do processo. O italiano foi preso na última quarta-feira (4) pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) por evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

A audiência  de custódia que aconteceu na quinta-feira (5) foi presidida pelo juiz federal Odilon de Oliveira que ouviu Batisti por vídeo conferência. Durante depoimento, Cesare disse que mora atualmente em São Paulo e que trabalha normalmente, tendo renda de R$8 a R$ 10 mil, mensal. Além de emprego e moradia fixa, o condenado paga pensão para um filho de 4 anos. Três advogados que representam o italiano, acompanharam o depoimento, sendo dois em Corumbá e Thiago Nascimento Lima em Campo Grande.

Cesare tentou justificar que foi flagrado no limite da fronteira, porque estaria indo ao centro comercial do país vizinho fazer compras na companhia de dois amigos. Ele pontuou que a quantia em dinheiro era grande, pois a compraria produtos para os três.Battisti segue de carro para SP, de onde não poderá sair sem autorização judicial

Questionado sobre o que compraria, alegou que pretendia adquirir material de pesca, vinhos e casacos, no famoso bate-volta, por isso pegou um táxi. Sobre o dinheiro não declarado, Cesare afirmou que era de sua propriedade e que movimentações bancárias podem comprovar.

Durante seu depoimento Battisti admitiu que sabia que não tinha autorização para deixar o país, mas achou que o shopping era localizado em território brasileiro. “Eu nunca tive a intenção de sair do Brasil. Eu não sabia que ir até o shopping fosse ilícito. Apenas fui na zona franca comprar roupas”, disse.