Advogado vai entrar com pedido de habeas corpus 

Foragido da Justiça desde o dia 16 de setembro, o responsável pelo feminicídio de Mayara Fontoura Hosback, de 18 anos, “quer se apresentar, mas não quer ser preso”, conforme explica o advogado Ilton Hashimoto, que faz a defesa do acusado.

“Ele não quer ser preso, estou tentando convencê-lo, mas não posso pegá-lo,enfiar no carro e levar até a delegacia. Ele quer encontrar uma brecha, ainda tem esperança. Creio que ainda não caiu a ficha dele de que o que ele cometeu é grave”, afirma o advogado.

Na semana passada, o juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de , Carlos Alberto Garcete de Almeida, rejeitou o pedido de revogação da prisão preventiva do acusado. Na decisão, omagistrado determina que ele se apresente o mais rápido possível.

Com a negativa, Hashimoto afirma que agora, pretende entrar com pedido de habeas corpus para tentar garantir que o cliente não fique preso. “Estou conversando com ele e é possível que ainda esta semana eu entre com pedido de habeas corpus”, explica.

Ainda segundo o advogado, o ex-companheiro de Mayara se diz arrependido do crime que cometeu.

Crime

Mayara Fontoura de 18 anos foi assassinada na madrugada deste do dia 16 de setembro na casa onde morava no Bairro Universitário, em Campo Grande.O suspeito teria invadido a casa da jovem para matá-la, durante a madrugada.

A jovem foi encontrada deitada na cama, enrolada apenas a um edredom, já sem vida. Vestígios de sangue foram encontrados pela polícia no quarto e o banheiro da casa e a arma do crime, uma tesoura, foi deixada pelo autor ao lado do corpo.Assassino de Mayara 'quer se apresentar, mas não ficar preso', diz defesa

Mayara vivia com o autor do crime desde 2015. Com mais de dez passagens envolvendo apenas casos de violência doméstica, o suspeito acabou preso em abril deste ano em cumprimento a dois mandados de prisão, uma tentativa de homicídio e uma lesão corporal, ambos os crimes contra a ex-mulher.

O homem foi condenado pela lesão corporal a três meses de reclusão, em regime aberto e a três anos e sete meses pela tentativa de homicídio. Foi preso e fugiu do sistema prisional de Campo Grande pelo menos três vezes. Ainda assim, recebeu a liberdade provisória do dia 14 de setembro, véspera do assassinato de Mayara, por ter cumprido parte das penas e não ter “registro de falta grave em 2016”.